A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte do menino James Antônio Fucks, de 7 anos, e apontou que não houve responsabilidade dos médicos no óbito. Segundo o delegado Weydson da Silva, a investigação mostrou que os profissionais da saúde “prestaram atendimento necessário conforme as circunstâncias apresentadas”.

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James morreu em 16 de julho após a família procurar o hospital por quatro vezes e, supostamente, não receber o atendimento adequado. Os familiares acusam a unidade de negligência.

Segundo a família, o menino teria sofrido um acidente na saída da escola e batido o peito e cabeça em uma placa. A mãe o levou com dores até o hospital para receber atendimento. Ele foi outras três vezes e nenhum exame foi realizado pela equipe médica, que o liberou apenas com medicamento para dor, de acordo com os familiares.

Já durante as investigações, o laudo cadavérico da criança apontou que ela morreu de pneumonia aguda. A polícia também ouviu os familiares de James e todos os profissionais médicos envolvidos nos atendimentos ao menino, assim como teve acesso aos documentos entregues pelo hospital.

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– Embora o laudo tenha apontado pneumonia, os relatos de todos os médicos foram bem claros ao afirmar que não houve apresentação de sintoma ou características de pneumonia ao longo daquela semana. Sendo assim, não há como responsabilizar qualquer profissional de saúde – explica o delegado.

De acordo com o responsável pela investigação, o inquérito aponta a ausência de responsabilidade dos médicos na morte da criança. Agora, cabe ao Ministério Público analisar para avaliar se concorda com o exposto na investigação ou se tem entendimento diferente.

Defesa da família discorda do inquérito

A reportagem procurou o advogado de defesa da família, Pedro Mira, para se posicionar sobre a conclusão do inquérito nesta quarta-feira (29). Por meio de nota, Pedro Mira afirmou que aguarda o posicionamento do Ministério Público para que se “busque a verdade” e que os culpados pela morte do menino sejam responsabilizados.

Leia a nota na íntegra:

“A gravidade da situação vai muito além de uma questão jurídica, como sociedade e usuários do SUS, não podemos aceitar que os médicos aleguem a ausência de queixa da família quanto a uma possível pneumonia como desculpa para não ter investigado as razões de uma criança procurar consecutivamente ajuda médica, deixando de realizar exames tão simples como coleta de sangue, ultrassonografia e novo raio-x.

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Um vídeo gravado pelo irmão do menino James um dia antes da morte, deixa explicito a grave situação agoniante em que ele se encontrava, pedindo ajuda e gemendo de dor, não podendo nem mesmo se movimentar direito na cama, gravação esta que comprova que o menino tinha sintomas de algo muito grave, e de que a versão dada pelos médicos de que não exista nenhum indicio de pneumonia é apenas uma manobra para se eximir de suas responsabilidades.

Cabe agora aguardar o posicionamento do Ministério Público, para que busque a verdade e esclareça a contradição dos médicos em seus depoimentos, com os indícios materiais do crime, responsabilizando os culpados pela morte do menino James, afim de que a impunidade não possibilite novos casos tão graves como este.”

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