Passados 30 dias do incêndio que reduziu à carvão cerca 50% do Frohsinn, agora o inquérito da Polícia Civil aguarda ser encaminhado ao Ministério Público (MP). O documento foi distribuído à 2ª Vara Criminal da comarca na última segunda-feira. O resultado do inquérito segue a linha de conclusão dos laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) e do Corpo de Bombeiros: não foi possível definir a causa do incêndio ou mesmo apontar suspeitos.
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Após trâmites burocráticos, o documento será distribuído ao Ministério Público numa promotoria ainda a ser definida. Caberá ao promotor definir os próximos passos, podendo pedir mais informações, arquivar o caso ou mesmo instaurar um inquérito próprio. Enquanto as investigações não avançam para o esclarecimento do caso, a recuperação do prédio é tratada pela prefeitura. O município espera até o fim deste mês a conclusão dos orçamentos para a reforma do Frohsinn.
Claudionor da Cruz Souza, diretor de Patrimônio da Secretaria de Administração, explica que tanto a seguradora quanto a prefeitura estão providenciando levantamentos de quanto custará a reforma. A intenção, explica Souza, é confrontar os valores. Um cronograma de trabalho deve ser montado no próximo mês. O martelo ainda não foi batido, mas a tendência é de que a seguradora fique responsável pela reforma, explica Souza:
– Se a prefeitura fizer a recuperação, precisamos seguir trâmites burocráticos que podem demorar muito. Mas é preciso tomar muito cuidado, já que é um restauro delicado.
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O poder público mantém a posição de venda do Frohsinn, explica o secretário de Turismo Ricardo Stodieck. A intenção é que o projeto de lei que culminará na venda seja encaminhado à Câmara de Vereadores em outubro. Stodieck explica que a confecção do texto agora depende de um estudo sobre sugestões de ocupação que será entregue por um escritório de arquitetura no dia 26 deste mês.
Local está, em tese, vigiado 24 horas por dia
Para evitar novas depredações e até incêndios no que restou do Frohsinn, o local está vigiado, em tese, 24 horas por dia. Das 6h às 18h um guarda, funcionário concursado da prefeitura, vigia o espaço. No intervalo, outro funcionário de uma empresa terceirizada é responsável pela guarita.
Na quarta-feira, porém, a reportagem teve livre acesso ao terreno e ao prédio, como qualquer pessoa poderia naquele momento. Das 16h04min às 16h48min, não havia ninguém que impedisse o acesso pela entrada principal. O paredão negro com placas indicando a proibição de entrada facilitava o acesso com um dos tapumes caído. Na portaria, ninguém. Claudionor afirmou surpresa:
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– Não poderia ter acontecido. O lugar tem que estar vigiado 24 horas. O guarda libera a entrada apenas de pessoas com autorização prévia.
Na quinta-feira pela manhã o vigia José Tobias, há 12 anos funcionário da prefeitura, tomava conta do local. Ele reveza a guarda diurna com outro funcionário público (o esquema de serviço é de 12h de trabalho por 36h de folga).
– Ainda tem muita gente que quer entrar. Mas só libero se tiver uma autorização do pessoal responsável da prefeitura. Até hoje não precisei chamar a polícia, mas se precisar, chamo. Tenho que ficar de olho o tempo todo – contou Tobias.
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