O inquérito da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), que investigou e prendeu suspeitos de serem os principais fornecedores de drogas em Santa Catarina, na operação Pequeno Príncipe, em setembro, será encaminhado à Justiça Federal, em Florianópolis.

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O juiz Clóvis Marcelino dos Santos, de Santo Amaro da Imperatriz, entendeu que a competência para julgar o caso é da Justiça Federal. Ele atendeu a pedido Ministério Público do Estado de SC, que apontou indícios de crimes como lavagem de dinheiro e de tráfico internacional.

O responsável pela ação, delegado Cláudio Monteiro, da Deic, disse nesta terça-feira que o inquérito foi concluído com o indiciamento dos presos por uma série de crimes.

O delegado acredita que, com a decisão de que se trata de tráfico internacional, eles estarão sujeitos a penas mais altas caso sejam condenados.

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Monteiro também pediu o sequestro dos bens dos suspeitos. Ao deflagrar a operação, o delegado estimou que apenas o patrimônio de Marcos Vieira Francisco, o Marquinhos, chegava a mais de R$ 20 milhões.

Marquinhos foi preso em uma mansão na praia da Pinheira, em Palhoça. Além dele, outras 11 pessoas foram presas.

A operação aconteceu em SC e PR. A Deic considerou importante ainda as prisões do traficante internacional Ruy Moraes, o Papito, e de Maria Mercedes, ambos detidos em Foz do Iguaçu (PR), supostamente por enviarem drogas a criminosos catarinenses.

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O inquérito deverá chegar na Justiça Federal nesta quarta-feira. Em seguida, será analisado pelo Ministério Público Federal, que decidirá sobre a denúncia criminal ou não dos presos.

Se houver denúncia, a Justiça Federal poderá aceitá-la e abrir ação penal. Os indiciados então viram réus e serão julgados pelos crimes. A outra hipótese, se o MPF entender que não há provas, o destino poderá ser o pedido de arquivamento.