A decisão do Superior Tribunal de Justiça de autorizar a abertura de inquérito sobre a inclusão do nome do governador Raimundo Colombo numa das planilhas da Odebrecht dentro da operação Lava-Jato causou impacto nos meios políticos do Estado e repercussão nacional.
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Entre os correligionários, amigos e aliados de Colombo, pelo que a investigação pode representar em seu projeto político. Tem uma eleição fácil para o Senado, mas o destaque nacional fica prejudicado. Tudo vai depender do resultado do inquérito. Aí o tamanho do estrago poderá ser avaliado melhor.
Em círculos restritos chamou atenção o fato de a noticia ter vazado no fim da tarde de uma sexta-feira, véspera do recesso do Judiciário e há nove dias do Natal. De um lado, pode restringir a obtenção de informações no STJ pelos advogados de Colombo; e de outro, a decisão tende a se esvaziar pelas festas natalinas.
A nota divulgada pela assessoria do governador repete sua posição, expressa e reiterada em várias entrevistas. Raimundo Colombo enfatiza que seu governo nunca assinou e não tem nenhum contrato com o grupo Odebrecht e que não conhece diretor ou executivo da empreiteira.
A planilha mencionada pela Procuradoria da República remete para uma lista com cerca de 300 nomes, que circulou nas redes sociais. Traz os nomes de Raimundo Colombo, Cesar Souza Junior, Antônio Ceron, Carlito Mers, Roberto Carlos de Souza (prefeito de Navegantes-PSDB) e Jaison Cardoso de Souza (prefeito de Imbituba-PSDB).
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A autorização do STJ pode ter outras péssimas consequências para o Estado: provocar fragilidade política no atual governo e na classe política e parlamentar catarinense em Brasilia.
Desafios
O governador Raimundo Colombo estava tranquilo durante a reunião da Fiesc, quando fez um balanço de 2016 ¿muito difícil¿ e alertou para a urgência da reforma previdenciária. Destacou que seu governo enfrenta dificuldades, mas não aumentou impostos como outros Estados. E alertou para 2017, que prevê também muito adverso.
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