Várias novidades tecnológicas que vemos nos noticiários parecem coisas futuristas ou muito caras, que soam complicadas de colocar em prática de forma rentável e realmente útil. Mas basta uma caminhada pelos corredores da 15ª Febratex para ver que a inovação pode, sim, ser usada por qualquer um com criatividade e coragem para mergulhar de cabeça na tecnologia. A maior feira do setor têxtil das Américas, que fica em Blumenau até amanhã, prova que a tecnologia caminha de mãos dadas com o futuro dos negócios.
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É provável que a maior novidade da Febratex em 2016 seja o uso das impressoras 3D. Uma tecnologia relativamente nova que tem se tornado mais acessível, com modelos que qualquer um pode ter em casa e com poder enorme de construir coisas. Exemplos não faltam na internet, desde próteses para deficientes criadas com esses equipamentos, até o polêmico projeto norte-americano The Liberator – a primeira arma de fogo feita com uma máquina como essa.
Aqui, no entanto, as impressoras 3D viraram uma ferramenta de apoio para os estilistas. A Audaces, empresa de Florianópolis, trouxe para a feira um novo sistema de criação para quem trabalha pensando em desenvolver novas roupas. A ideia é reduzir processos e estimular a criação. Da cabeça do estilista, ele desenha a roupa diretamente no manequim em um software, seleciona estampas, cortes e tipo de tecido. O programa calcula o valor que custaria produzir a peça – com base no preço do tecido escolhido – e, se o estilista quiser ver como fica a peça recém desenhada, ele aciona a impressora, que faz modelos superprecisos em plástico. Pode ser uma impressão pequena, uma boneca de plástico produzida em meia hora, ou até um modelo de cerca de 40 centímetros e em alta qualidade, com cada detalhe do tecido, feito após 12 horas de vai-vém da impressora.
Outra máquina que chama a atenção na feira é da francesa Lectra, que trouxe pela primeira vez a Vector IX, um equipamento para cortar tecidos único no mercado. Com a agilidade e precisão de um robô que desliza pelo tecido, a máquina reconhece estampas e padrões com a ajuda de uma câmera em alta definição. O trabalho de corte de tecidos com estampas era feito manualmente, já que uma máquina não era capaz de reconhecer diferenças nas estampas e até falhas. A câmera faz esse trabalho e compensa distorções.
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Os fabricantes garantem que não é só de delicadezas que vive a máquina. Se for um corte tradicional, sem estampas, ela é capaz de cortar várias camadas, ou até mesmo um tecido à prova de balas. Seja para investir em inovações para o negócio, inspirar-se ou apenas ver quais novidades podem aparecer em breve nas indústrias, a Febratex prova que é possível colocar as novas tecnologias em prática.
SERVIÇO
O quê: Febratex – Feira Brasileira para a Indústria Têxtil 2016
Quando: Até sexta-feira, das 14h às 21h
Onde: Parque Vila Germânica, em Blumenau
Quanto: Gratuito para quem se credenciou. Na hora, a entrada custa R$ 20.
Mais informações: www.febratex.com.br