(Foto: Arte NSC Total)

O assunto inovação tem se tornado um dos mais presentes nos ambientes organizacionais, empresariais e acadêmicos. A quantidade de programas, eventos e mesmo investimentos públicos e privados relacionados à inovação são provas irrefutáveis de que esse é o tema do momento. No entanto, um dos grandes questionamentos que acompanha o movimento é quanto a relevância do tema. Inovação é de fato tão importante, ou será mais um modismo na administração?

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Nas últimas décadas temos vivido uma verdadeira avalanche de novas técnicas, métodos e conceitos, especialmente na administração e gestão dos negócios. Muitos dos novos conceitos se provaram de grande valia, contribuindo para a obtenção de excelentes resultados. Outros não passaram de “mais do mesmo”. Técnicas antigas com roupagens novas, nomes bonitos e de impacto (normalmente em inglês), e conceitos dito modernos por “gurus” quase proféticos têm surgido a todo tempo.

Outro dia, em uma reunião, um colega desabafou: “Não suporto mais ouvir a palavra inovação. Virou moda. Só se fala nisso!”. Me fez pensar. E num dos meus devaneios voltei lá para o início dos anos 90, quando a bola da vez era a qualidade. Naquela época não se falava em outra coisa. Todos os movimentos, debates e programas tinham como espinha dorsal os conceitos da qualidade. Chegou a se tornar chato e cansativo.

Muitos líderes empresariais da época não deram atenção, acharam que era somente um modismo. Quebraram, desapareceram. A questão da qualidade se tornou um divisor de águas, uma condição obrigatória. Hoje simplesmente não se discute mais. Ou você tem, ou nem entra no jogo. E para as organizações que avançaram frente à competição internacional, ter qualidade foi muito além de discursos, placas na parede, programinhas institucionais ou um setor à parte. Qualidade se tornou o modus operandis, o jeito de gerir o negócio, a cultura organizacional.

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A inovação está indo por esse caminho. Apenas para exemplificar, de acordo com estudo feito pela Bard College, o investimento na área de CT&I (ciência, tecnologia e inovação) é o que gera maior impacto no crescimento econômico, na média nos países do G20, sendo 33 vezes superior à segunda área mais impactante.

Inovação não é modismo ou uma “nova onda”, é relevante. Os conceitos de inovação vieram para ficar. Repensar os modelos de negócios, evoluir no jeito de fazer as coisas, desenvolver uma cultura questionadora, desapegada e aberta ao novo, será cada vez mais fundamental. E o tema deverá ser tratado com profundidade, promovendo mudanças de comportamento, no jeito de pensar e na visão de mundo. É algo para se colocar atenção e priorizar. Ou inovamos, ou seremos atropelados. A evolução simplesmente não para. Vamos em frente!