A inclusão da internet em nosso cotidiano proporcionou uma vivência cada vez maior em rede e globalizada, na qual a mudança é acelerada e constante. Num contexto como este, como as organizações podem inovar e qual a contribuição do design para que ocorra a inovação?

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Neste cenário, o cliente está cada vez mais empoderado, pois é ele quem toma a iniciativa de buscar informações, selecionar os produtos por meio de critérios estabelecidos por ele ou por uma indicação e, no final, expressa online o valor daquilo que é consumido. Se pararmos para refletir, os produtos e serviços são basicamente os mesmos, com exceção de empresas que investem fortemente em pesquisa e desenvolvimento (P&D), como Apple e Fiat – as demais empresas diferenciam-se devido às experiências proporcionadas ao cliente, ou seja, a organização do ponto de venda – design sensorial, embalagem – design de produto, interface gráfica em plataformas online – design de interação, e assim por diante.

Deste modo, o valor expresso numa marca, ou seja, de um produto e serviço é resultado de interação entre posicionamento, promessa e funções também disponíveis na rede. Em geral, o valor difere de acordo com o tipo de interação entre os consumidores, produtores e distribuidores. Estas interações dão vazão para que os processos de criação de valor nas empresas sejam cada vez mais um processo de cocriação (Prahalad e Krichnam, 2008).

Além de um processo colaborativo, a contribuição pode vir dos mais diversos indivíduos, indiferentemente da classe social ou do poder de influência, já que a proposta de valor não é algo estável, mas está em constante construção. Neste sentido, o design auxilia como metodologia que coloca o público-alvo (cliente) como centro de todo o processo e no qual busca envolvê-lo em sua elaboração, pois utiliza questões como jornada do cliente, brainstorming para buscar identificar suas necessidades, valores e valores por ele percebidos, passando a tratá-lo como indivíduo único.

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O valor cocriado vai além da percepção do indivíduo em si, e ele pode ser percebido e beneficiar comunidades, regiões ou uma cidade inteira, pois uma instituição que tem em seu cerne este tipo de postura passa a entender que, para inovar, além de projetos internos da empresa, é necessário que os ambientes externos à empresa tenha infraestrutura para absorver esta inovação, seja porque consegue oferecer mão de obra qualificada, uma população com maior nível educacional ou uma infraestrutura urbana.

Neste sentido, para que as organizações inovem, deve-se considerar cada vez mais a colaboração como um fator central de gestão e como artifício para inovação, e os métodos de design são uma forte aliada para a elaboração dessas alternativas.