Com influência direta das universidades, as novas correntes econômicas que começam a se consolidar na região Meio-Oeste catarinense estão ligadas à inovação. O cenário futuro promete ser bem diferente da última década, quando os municípios viviam essencialmente da produção agrícola e da agroindústria.

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Isso não significa dizer que estes setores serão extintos. Mas, como eles demonstram estagnação de crescimento, é provável que as empresas baixem os investimentos. E a economia começa a tomar novos rumos, graças aos estudos provocados pelas universidades e à mão de obra qualificada que está sendo formada na região. Para guiar esse crescimento diverso, a região planeja criar o Polo de Inovação do Vale do Rio do Peixe (Inovale).

A ideia do projeto, formulado após discussões acadêmicas e entre dezenas de entidades, é mostrar os referenciais estratégicos, modelos de gestão e mostrar como as universidades podem contribuir com o desenvolvimento das cidades através da qualificação.

Conforme o professor doutor Fábio Lazzarotti, coordenador do mestrado profissional em Administração da Unoesc, o objetivo é aplicar o conhecimento às organizações.

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Para isso, segundo o professor, quatro eixos são o carro-chefe do Inovale: alimentos, metalmecânica, florestas renováveis e engenharia biomédica serão as apostas planejadas.

– A ideia é caminhar pela via da inovação. O risco de ficar vinculado a um só setor, como ocorria na região, é muito grande diante da possibilidade de crises econômicas – diz.

Incubação é uma

das alternativas

Incubadoras têm o papel de prestar assessoria técnica e científica às empresas que desejam sair do papel. É o caso da pré-incubadora da Unoesc. Ela abriga uma empresa de Jaborá que promete transformar dejetos suínos em fertilizante. O produto deve chegar ao mercado em janeiro de 2013.

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Conforme o diretor da empresa CTR, Fernando Rafael Curioletti, a tecnologia foi desenvolvida pela Embrapa, em 2003, mas estava estagnada por conta do alto custo. A sacada da CTR foi fornecer serragem para a compostagem. Sem cheiro, o produto será recolhido, embalado e fornecido aos consumidores para uso doméstico ou na agricultura.