Iniciada a fase final de buscas por fragmentos de avião e dos tripulantes

Os bombeiros, a Polícia Federal (PF) e a Força Aérea Brasileira (FAB) iniciaram a fase final nas buscas por fragmentos do avião e dos corpos dos passageiros e tripulantes do Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, que caiu na manhã de quarta-feira, em Santos, matando o presidenciável Eduardo Campos (PSB) e outras seis pessoas. A previsão do Corpo de Bombeiros é de que as buscas se encerrem por volta do meio-dia – a corporação acredita que já encontrou todos os fragmentos de corpos dos ocupantes e peças da aeronave.

A operação pente-fino começou imediatamente após serem concluídas as buscas ao ponto zero, uma cratera de quatro metros aberta pela queda de bico da aeronave. No local, foram encontrados fragmentos de peças do Cessna e dos corpos do piloto, Marcos Martins, e do copiloto, Geraldo Cunha, informou o tenente-coronel Roberto Lago, do 6º Grupamento de Bombeiros de Santos.

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Três possíveis motivos para o acidente

O contingente de bombeiros diminuiu de 50 para 18 na fase final das buscas. Até o final da manhã desta quinta-feira, a PF deverá usar um drone – aeronave não tripulada – para sobrevoar a área em busca de fragmentos da aeronave e das pessoas. A FAB está usando um scanner para recolher imagens deixadas pelo impacto da aeronave na área. Essas imagens, depois, serão comparadas com as de antes do acidente. Com base no cruzamento das informações, as autoridades irão esclarecer a trajetória da queda do jato.

Acidente aéreo matou sete pessoas

Candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos morreu na manhã de 13 de agosto, em um acidente de avião em Santos, no litoral paulista. A queda da aeronave, que ia do aeroporto Santos Dumont (RJ) ao aeroporto de Guarujá (SP), matou outras seis pessoas – dois assessores, um fotógrafo, um cinegrafista e dois pilotos.

Nascido em Recife (PE) em 1965, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Henrique Accioly Campos era o terceiro colocado na corrida presidencial, atrás de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Campos era neto e herdeiro político de um dos mais influentes líderes da esquerda nacional, o também ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes. Casado há mais de 20 anos com a economista Renata Campos, o candidato deixa cinco filhos, com idades entre 21 anos e cinco meses.

Com a morte de Campos, o nome da vice em sua chapa, Marina Silva (PSB), despontou como favorito. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em caso de falecimento de candidato, o partido do substituído tem de pedir o registro da nova candidatura em até 10 dias. O prazo conta a partir do fato que motivou a substituição.

Confira imagens do acidente que matou Eduardo Campos e outras seis pessoas:

* Zero Hora