fabiano
(Foto: NSC Total)

Suporte à Informação, ações de promoção à Inovação e o desenvolvimento de Talentos são ações que promovem a proximidade de toda comunidade empreendedora ao Ecossistema de Inovação. A Rede de Centros de Inovação será o marco que tracionará um novo legado a ser deixado aos catarinenses, aquele que aproximará as iniciativas inovadoras das mais diversas regiões de nosso estado ao mercado consumidor, além das fronteiras do Brasil.

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O atendimento integrado à Informação, aquilo que chamamos de One Stop Shop, traduz a ideia de uma loja que oferece todo o tipo de serviço e produto que seus clientes precisam, pois facilita e direciona o melhor caminho a ser seguido pelos empreendedores inovadores, disponibilizando informações, serviços e soluções em um mesmo local.

Ajudar esse empreendedor a otimizar seu tempo, tomar decisões mais acertadas e conectar-se com as pessoas certas na hora certa está no core da missão dos Centros. A elaboração coletiva e a divulgação de uma agenda única de eventos e atividades ligadas a empreendedorismo e inovação, auxilia a promover a especialização inteligente. Busca-se assim, evitar o choque de datas importantes, pois o pensamento é a coordenação entre as atividades desenvolvidas pelas entidades. Encontros de networking como cafés de negócios, meetups, o Startup Weekend, dentre outros eventos, buscam alinhamento entre os empreendedores para inspirar, educar e capacitar indivíduos, equipes e comunidades. Vislumbra-se como resultado, a interação com outras pessoas para trocar informações e desenvolver contatos, especialmente no âmbito profissional.

“A visão a ser construída é de ecossistema, não de ilhas!”

Para promover a Inovação, é preciso proporcionar espaços que visam criar um senso de comunidade entre os usuários, sendo uma forma de compartilhamento de conhecimento, talentos e experiências profissionais com baixo nível de competitividade. Em coworkings estimula-se a criação de novos negócios.

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Muitas empresas ainda não estão formalizadas nem possuem um modelo e/ou plano de negócio consistente, e na maioria das vezes tampouco um produto pronto para ser comercializado ou serviço a ser oferecido. Para estas, oportunizam-se programas de Pré-Incubação, focados no desenvolvimento do negócio, na formação empreendedora e na ampliação de seu networking. Num segundo momento, quando aprimorada a iniciativa, os empreendedores ingressam à Incubadora, que ajuda a superar as falhas do mercado, gerando empregos, renda e impostos. Quando a empresa já estiver pronta para ser inserida no mercado, conseguindo sobreviver financeiramente, a incubadora lhe fornece o status de graduada. Como entrega para a comunidade local, a incubadora cria autoestima, cultura empreendedora, aumento da renda local (em alguns casos, chegando a ter proporções internacionais), constrói oportunidades de comércio, transferência de tecnologia, experiências através de associações e alianças, entre outras.

Para dar sequência no processo de crescimento dos negócios, temos outro importante agente deste Ecossistema de Inovação: as Aceleradoras. Estas instituições são responsáveis por desenvolver as competências necessárias para escalar e atingir o potencial de alto crescimento, que é o foco de resultado do Centro de Inovação.

Ainda, na promoção à inovação é preciso fomentar e dar suporte à mudança de cultura nas empresas tradicionais locais, fazendo com que estas iniciem e continuamente desenvolvam projetos inovadores que as ajude a sobreviver e prosperar frente às mudanças econômicas e tecnológicas. Desta forma, é preciso acomodar temporariamente no Centro de Inovação equipes multidisciplinares de projetos de empresas estabelecidas que representem um investimento de cunho inovador, de modo a proporcionar uma alta intensidade de interação com empresas nascentes, empresas inovadoras, grupos de pesquisa e talentos de diversos campos, além de criar oportunidades de capacitação, networking, parcerias de transferência de tecnologia e propriedade intelectual. Temos desta forma, um ambiente propício ao Open Innovation, com a combinação de várias entradas advindas do ambiente externo, e ainda gerar a oportunidade para empresas lançarem desafios, problemas ou necessidades a serem abertos à sociedade. Durante o processo de concepção e desenvolvimento dos produtos, para seleção de provedores de solução para as demandas apresentadas, aceleramos a inovação e o desenvolvimento tecnológico local, com reflexos e amplitude global.

Mas, nada disso é possível sem o desenvolvimento de Talentos, base de sustentação de todo processo de inovação. A formação de talentos impulsiona competências estratégicas para atuação no mercado de trabalho, aumenta a articulação com as universidades e institutos de formação, oportunizando a criação de um ambiente para compartilhamento de conhecimento entre os profissionais e empresas. A orientação profissional auxilia jovens em definição ou redefinição de carreira, aumentando os níveis de satisfação e engajamento, reduzindo os índices de evasão da academia, a falta de profissionais qualificados em áreas vocacionais, o turnover e o absenteísmo nas empresas.

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Além da formação acadêmica dos talentos, com o processo de aprendizado prático e avançado em empresas por meio do apoio a programas de aproximação, é preciso buscar e estimular a atração de novos talentos externos e o retorno dos talentos evadidos da região.

Para tanto, precisamos tornar as localidades cada vez mais competitivas a partir da sua concentração regional, incentivando o retorno de talentos que saíram em busca de melhores oportunidades de trabalho. Devemos ainda atrair novos negócios e empresas por meio da facilitação no encontro e contratação de profissionais altamente qualificados, coadjuvar novos negócios e empresas por meio da atração de investidores e novos empreendimentos para a região, impulsionar o comércio, serviços e cena cultural local.

*Fabiano Odebrecht é diretor executivo da Incubadora Gene de Inovação e Tecnologia