Com o advento da internet, a disseminação de inverdades se tornou ainda mais barata e exponencial, tornando a desinformação um dos maiores pecados que a comunicação pode cometer na atualidade. E, com tanta notícia falsa no mundo online, é possível perceber até um novo posicionamento por parte de quem consome informação. Muitas pessoas que estavam deixando de lado a mídia tradicional e passando a se inteirar dos fatos em compartilhamentos de ¿notícias¿ nas redes sociais, agora começam um movimento inverso.
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Devido ao aumento da polarização política e a onipresença das mídias sociais, principalmente os newsfeed do Facebook, muitas notícias são criadas independentemente da veracidade. E, com isso, cada vez mais se confirma a importância da checagem dos fatos através de canais com credibilidade, como redes de TV, jornais e sites de notícias consagrados. Na publicidade, podemos perceber a relevância que as agências ganham ao programar campanhas de seus clientes em locais apropriados, evitando que eles sejam associados a algo ruim e coloquem em risco a reputação da sua marca.
Recentemente, foi possível acompanhar a cobertura da situação de Andreas Von Richthofen, irmão de Suzane, condenada pelo assassinato dos pais. Em tempo real, se viu como as notícias falsas surgem, se desenvolvem e são replicadas. O que começou com o rapaz sendo encontrado no jardim de uma casa que tinha invadido, em Santo Amaro, bairro de São Paulo, sob efeitos de drogas, terminou com uma manchete que dava a entender que ele havia sido retirado da cracolândia, região no foco das notícias no país pela ação da prefeitura de retirada dos usuários de droga do local.
E essa é só uma história que, em tese, não prejudica gravemente a ninguém. Mas serve para refletirmos sobre o perigo das informações falsas hoje em dia e os riscos de associar marcas e personalidades a fontes de informação sem credibilidade. Estamos em uma era guiada pelo volume de cliques, em que, para se ter um aumento no número de acessos a um portal, não custa nada dar um ¿plus¿ na realidade, bem ao modo do jornalista Nelson Rubens, que tem o clássico bordão: ¿Eu aumento, mas não invento¿.
*Pedro Cherem é presidente do Sindicato das Agências de Propaganda de Santa Catarina (Sinapro/SC)
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