As baleias-francas vieram em menor número para o litoral catarinense em 2016, o mais baixo dos últimos 10 anos. Segundo levantamento aéreo do Programa de Monitoramento de Cetáceos do Porto de Imbituba, em parceria com a APA Baleia Franca e o Instituto Chico Mendes (ICMBio), foram avistadas 36 baleias, sendo 17 pares de mãe e filhote e duas baleias adultas não acompanhadas de filhotes do Norte da Ilha de Santa Catarina a Torres, no Rio Grande do Sul no dia 15 de setembro.

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Essa quantidade chamou a atenção dos pesquisadores, por se tratar de um número muito baixo para esta época, considerada o pico da temporada reprodutiva da espécie. Especialistas argumentam que a influência do El Niño modificou a distribuição de alimentos (o krill) das baleias-francas no Atlântico Sul e por isso elas teriam vindo em menor número.

A maioria das baleias avistadas dentro e no entorno da APA da Baleia Franca são fêmeas grávidas, que se aproximam da costa à procura de águas quentes e enseadas protegidas para o nascimento dos filhotes. Elas têm um filhote a cada três anos e o tempo de gestação é de 12 meses.

As baleias-francas foram dizimadas pela caça na década de 1970. Em 2000, criou-se por decreto a APA da Baleia Franca – entre o Sul da Ilha de Santa Catarina e Balneário Rincão –, para proteger a principal área de ocorrência da espécie no Brasil.

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