As polícias Civis de Santa Catarina e do Paraná atuaram em conjunto para identificar o suspeito de ameaçar e perseguir uma influenciador digital catarinense através da internet. Foram expedidos um mandado de busca e apreensão e um de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, cumpridos no estado do Rio de Janeiro.
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A Operação Stalker buscou identificar o suspeito dos crimes através da atuação conjunto do CyberGAECO e da Polícia Civil do Paraná (PCPR). O homem, de 24 anos, é morador de Niterói, no Rio de Janeiro.
Inicialmente, a investigação foi instaurada pelo Núcleo de Investigação de Crimes Cibernéticos (NUCIBER) da PCPR, já que a vítima morava no estado paranaense por conta dos estudos.
Ao saber da situação e do risco oferecido à vítima, o CyberGAECO iniciou o trabalho conjunto para identificar quem estaria por trás das ameaças. Perfis falsos eram utilizados, assim como a falsa sensação de anonimato da internet, para provocar medo na vítima.
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A Polícia Civil representou pela expedição dos mandados judiciais, o que recebeu parecer favorável do Ministério Público do Paraná. Foram expedidos mandados de busca e apreensão e também a proibição de contato e aproximação, físico ou virtual, do investigado com a vítima e seus familiares. Os mandados foram cumpridos em Niterói, no Rio de Janeiro, cidade de residência do suposto autor, nesta terça-feira (18).
Foram apreendidos o celular e o notebook do homem, que passarão por perícia para coletar informações durante as investigações.
De acordo com a Polícia Civil do Paraná, o crime era cometido desde 2022, quando a influenciadora morava em Curitiba (PR). Por conta da perseguição, ela decidiu se mudar para Santa Catarina.
— Por meio de perfis falsos nas redes sociais ele proferia diversas ameaças graves à vida da vítima e proferia insultos, especialmente quando ela estava em relacionamentos amorosos. Ele chegava a enviar fotos dos locais que ela frequentava como forma de intimidação — explica o delegado da PCPR Thiago Soares.
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O delegado ainda afirma que a vítima e o investigado não possuíam qualquer tipo de relação antes do início dos crimes.
Ambos os crimes de ameaça e perseguição são previstos nos artigos 147 e 147-A do Código Penal, e acontecem no ambiente virtual. Em casos como esse, é necessário que a vítima busque auxílio das forças policiais e do Ministério Público para garantir sua proteção.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro também prestou apoio à operação. Pela decisão judicial, fica proibido que o investigado se aproxime da vítima, pessoas de seu relacionamento, amigos e testemunhas, com um limite mínimo de distância.
Também fica proibida a comunicação com a vítima ou familiares, amigos e testemunhas por qualquer meio. Foi determinada a proibição de acesso pelo suspeito às redes sociais. Caso ele descumpra a determinação, ele pode ser preso preventivamente. As investigações seguem em sigilo.
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Veja imagens da Operação Stalker
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