Amada, invejada, criticada. Gabriela Pugliesi provoca sentimentos intensos nos seus mais de dois milhões de seguidores. Musa fitness dona da barriga, ou melhor, do abdômen, mais desejado do país, Gabriela, 30 anos, é uma digital influencer poderosa per-tencente à primeira leva de celebrida-des do Instagram brasileiro. Tamanho poder de fogo originou uma onda de meninas com um estilo de vida saudável: a chamada Geração Pugliesi. E tudo começou por acaso, quando postava fotos da academia ainda nos primórdios de uma rede social dominada por imagens de pôr do sol.
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Tamanha repercussão em tudo que faz tem, além do pioneirismo, mais uma razão de ser: autêntica e sem filtro num mundo de muita exposição e pouca opinião, a vida dela funciona como um grande big brother. Mi-lhões assistem, do camarote de seus smartphones, a uma vida de treinos na madrugada, términos de namoro barulhentos, peguetes ocasionais e inícios apaixonados. E tudo isso – tamanha ¿humanidade¿ – parece gerar ainda mais identificação. Mas ela se diz mais madura e consciente da re-percussão de tudo que faz ou diz.
– Estou entrando no quinto ano desde que criei o Instagram. Estou mais madura e mais consciente da repercussão do que falo. Eu fazia mui-tas brincadeiras que a gente só deve fazer entre amigas – diz a baiana que soube expandir seus negócios garan-tindo a sociedade em uma academia de spinning, além de lançar uma mar-ca de roupas e uma linha de joias.
Caio Castro curte balada em Floripa ao lado dos amigos
Por telefone, a caminho do aeroporto para um voo entre Fortaleza e Maceió, ela demonstra mesmo ser muito espontânea, diferente de tantas celebridades forjadas no mídia training: ¿sou meio lesada, não lembro¿, dispara ela quando pergunto quantas vezes já veio a Floripa. Seja como for, no dia 28 ela desembarca na Ilha para participar da Night Run do Costão do Santinho, corrida agendada para dia 30 de janeiro.
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Início
Não existia isso de ter Instagram fitness, ninguém usava para motivar a vida saudável e eu sempre gostei muito de motivar e incentivar. Na-turalmente, quando eu abri minha conta no Instagram comecei a postar foto na academia, coisa que ninguém fazia e isso foi chamando a atenção de pessoas fora do meu circulo de amizade. Eu nem sabia que as pessoas seguiam gente que elas não conhe-ciam no instagram. Por incrível que pareça sempre fui meio out de redes sociais e de blogs. Fui a última a saber quem era a Thassia (Naves, blogueira de moda), a última a saber como elas (blogueiras) ganham. Foi um susto porque foi muito rápido: em um mês estava conhecida e já precisei de uma assessoria (hoje trabalham em sua equipe quatro pessoas). Estou entran-do no quinto ano e até hoje quando paro e penso, a ficha ainda não caiu.
Polêmicas
Eu não penso muito antes de falar. Claro, naturalmente hoje em dia eu estou muito mais madura na vida, em cinco anos (desde que abriu a conta no Instagram e virou digital influencer) a gente muda muito. Consequen-temente eu sou mais consciente, mas não perdi a espontaneidade e o meu jeito. Sempre fui muito criançona. Quando comecei era pior, se até hoje ainda não tenho muita noção da re-percussão que gero, imagina no início. Eu fazia muito mais brincadeira que a gente só faz entre amigas.
Críticas
Já estou meio calejada. É até bom porque para me chatear ou me abalar é muito difícil. A terapia também ajudou, todo mundo tinha que ter um tempinho pra fazer. Fiz psicanálise e mudei completamente minha forma de pensar, compreender e aceitar as críticas, ser mais paciente e tolerante com as pessoas. Eu era muito impa-ciente. Ainda sou um pouco irritadinha, ainda mais quando estou de TPM (risos).
O mais legal
É tudo. Sou muito feliz, sempre fui assim, sempre amei minha vida, ainda mais hoje em dia que a minha vida é muito maravilhosa e faço o que eu amo. Eu viajo muito, ganho muita coisa, nem me permito recla-mar.
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O lado chato
Às vezes ter que ler umas coisas sem noção, gente que acha que sa-be tudo da sua vida, mas não sabe nada. Mas faz parte a quem está exposto. Essa é a coisa mais chata, mas não chata a ponto de ser o lado ruim. Sinceramente, não tem lado ruim pra mim.
Pé na jaca
Sempre com doces. Se eu não gostasse de doce minha vida seria tranquila. As pessoas acham que sou muito disciplinada, mas de férias não costumo ser tão regrada.
Ex-gordinha
Dos 8 aos 12 anos fui bem gordinha porque era supercomilona. Acho que na minha época, as crianças não tinham muito discernimento e nem as informações que a gente tem hoje, quando as meninas de 12 anos estão superantenadas e vaidosas. Eu sempre gostei muito de comer, gosto até hoje, a única diferença é que hoje sou mais consciente e sei a importância de comer bem. Até hoje se me descuido eu engordo na hora, não sou geneticamente magra, sou magra porque me cuido.
Publipost
Ali as pessoas só veem o que eu faço. Tudo que eu nego ninguém vê. E hoje eu nego muito mais do que aceito. Cada dia mais eu consigo trabalhar com menos marcas, mas com boas e grandes marcas. Nego tudo o que não tem a ver com meu estilo de vida, ou que não vai ser útil para as pessoas. Tem muitas coisas que eu não uso, mas que sei que vai ser muito útil para muita gente, por exemplo, um produto para intoleran-te. Já errei muito, já fiz muita propa-ganda que hoje não faria de jeito ne-nhum, mas faz parte do aprendizado e até pela necessidade. No início a gente fica meio deslumbrada, porque é um dinheiro fácil e a gente quer aceitar tudo. Hoje em dia sou outra pessoa, para fazer publicidade nas minhas redes só faço se eu quero.
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Sonhos
Queria ter algo na tevê. Gosto muito de me comunicar com as pes-soas. Por mais que internet seja um mundo, tevê aberta tem um alcance que eu queria. Tem muita gente que não me conhece e que, por incrível que pareça, não usa rede social. Acho que seria o próximo passo para pen-sar em crescer. Mas ainda estou bem tranquila, as coisas vão acontecendo no seu tempo.
Coração
Claro que pensamos em casar e ter filhos (referindo-se aos planos com o novo amor, o modelo também marombado Erasmo Viana). Aliás ele quer ter já. E assim, se eu fosse só pensar no coração acho que eu engravidava hoje, só que está uma loucura minha vida, estou viajando muito. Não estou conseguindo nem dar atenção pro meu cachorro, e eu fico muito mal com isso, imagina ter um filho. Mas enfim, Deus sabe o que faz, se for pra ter, vou ter e eu vou amar.