A inflação no mês de setembro em Florianópolis subiu 0,3%, de acordo com o cálculo realizado pelo Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Os dados apontam que os gastos com mensalidades no ensino superior e com saúde ajudaram a impulsionar o orçamento das famílias.
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O Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pela Esag, leva em conta a mesma metodologia usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na contagem do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil. O levantamento nacional é realizado em algumas capitais e regiões metropolitanas, mas Florianópolis não está entre elas.
De acordo com o ICV, os gastos com educação subiram 1,90% em setembro, impulsionados pelo reajuste de mensalidades que chegou a 4,39% de média. Nos gastos com saúde e cuidados pessoais, o aumento médio foi de 1,62%, devido ao reajuste de preços de serviços de saúde, que ficaram 3,53% mais caros em setembro.
Outra alta de destaque foi no setor de transportes, cujos gastos das famílias de Florianópolis subiu em torno de 0,7%. Essa alta foi puxada principalmente pelo reajuste no preço dos combustíveis, que aumentaram 1,61%, em média, no último mês.
Desde o início deste ano, o ICV já apresenta alta acumulada de 2,73%. Nos últimos 12 meses, a inflação já subiu 3,35% na capital catarinense.
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Quedas
Apesar de alguns setores da economia apresentarem altas, também houve redução de preços em algumas áreas. A mais expressiva é a de produtos de vestuário, que ficaram 1,05% mais baratos em setembro e já acumula queda de 5,68% neste ano.
A pesquisa também identificou redução de preços no setor de artigos de residência — que inclui decorações, entre outros. Segundo o levantamento, houve queda de 0,44% em setembro, graças à queda nos preços de aparelhos eletrônicos e utensílios e enfeites.
No setor de habitação, foi identificada uma queda de 0,15% em setembro. No entanto, no acumulado do ano, essa área acumula alta de 2,42%.
Participação no orçamento
A pesquisa calculou ainda quanto cada setor impacta no orçamento final das famílias. Conforme a Esag, os gastos com alimentação consumiram, em média, 20,15% da renda dos florianopolitanos. Já as despesas com transporte vêm em segundo lugar, representando 18,76% de tudo o que foi gasto no último mês.
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