A inflação na China desacelerou significativamente em maio, enquanto o crescimento da produção industrial subiu menos que o esperado, dando a Pequim espaço adicional para afrouxar a política monetária e estimular a economia. O índice de preços ao consumidor chinês em maio aumentou 3% em relação ao mesmo período de 2011, ante 3,4% em abril, informou hoje o Escritório Nacional de Estatísticas.

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– A combinação de queda da inflação e fracos dados industriais dará mais espaço para as autoridades afrouxarem a política. Ainda haverá espaço para o Banco do Povo da China cortar mais a taxa de depósito compulsório (dos bancos) e a taxa de juro -disse Yu Song, economista do Goldman Sachs.

O desaparecimento da pressão inflacionária nos últimos meses deixou as autoridades chinesas mais confortáveis para conceder suporte à economia, incluindo o corte na taxa de juro na última quinta-feira, o primeiro desde 2008.

Analistas dizem que os formuladores de política provavelmente têm acesso a alguns dados econômicos antes de se tornarem públicos. Assim, o BC chinês pode ter visto a leitura da inflação antes de tomar a decisão sobre a taxa básica de juro. Também divulgado hoje, o crescimento da produção industrial chinesa se recuperou ligeiramente em maio, subindo 9,6% frente ao ano anterior.

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