A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou 2022 com alta de 5,79%, conforme os dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo o IBGE. O valor acumulado estourou a meta do Banco Central pelo segundo ano seguido.

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Para 2022, a meta para o IPCA era de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual — ou seja, a inflação poderia ficar entre 2% e 5%. Em junho do ano passado, o Banco Central já havia anunciado que o valor iria estourar a meta. Apesar disso, o acumulado ficou abaixo dos 10,06% registrados em 2021.

Alimentação puxou alta

O resultado de 2022 foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas (11,64%), que teve o maior impacto (2,41 pontos percentuais) no acumulado do ano. Na sequência, veio Saúde e cuidados pessoais, com 11,43% de variação e 1,42 p.p. de impacto.

Já a maior variação veio do grupo Vestuário (18,02%), que teve altas acima de 1% em 10 dos 12 meses do ano, mas o impacto foi menor (0,78 p.p), segundo dados do IBGE.

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Nos Transportes, uma alta importante foi das passagens aéreas, que subiram 23,53% e contribuíram com 0,14 p.p. no acumulado do ano. Já entre as quedas, destaca-se a gasolina (-25,78%), responsável pelo impacto negativo mais intenso (-1,70 p.p.) entre os 377 subitens que compõem o IPCA.

Os preços da gasolina caíram de forma mais expressiva entre julho e setembro, por conta de uma série de reduções no preço do combustível, desoneração de impostos federais e limitação da cobrança de ICMS sobre os combustíveis pelos estados.

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