A primeira prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de outubro registrou alta de 0,85%, queda em relação ao avanço de 1,02% em igual prévia de setembro. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, dia 10, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O IGP-M é usado como referência para o reajuste dos contratos de aluguel. A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a primeira prévia do índice de outubro.
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O IPA-M subiu 1,14% na primeira prévia do índice deste mês, em comparação com a alta de 1,42% na primeira prévia de setembro. Por sua vez, o IPC-M apresentou alta de 0,25% na prévia anunciada nesta quinta-feira, após subir 0,20% no mês passado. Já o INCC-M teve elevação de 0,35%, após registrar aumento de 0,33% na primeira prévia de setembro.
Os preços no atacado perderam força na primeira prévia do IGP-M de outubro, influenciados por desacelerações dos preços das matérias-primas brutas e dos bens intermediários. O alívio no grupo de matérias-primas brutas veio das reduções no ritmo de alta da soja em grão (de 9,72% na prévia de setembro para 0,01%), do leite in natura (de 4,31% para 0,59%) e da laranja (de 19,67% para 3,92%). Esses itens conseguiram compensar os avanços observados no minério de ferro (2,79% para 6,64%), bovinos (-0,28% para 2,65%) e mandioca (-4,01% para 0,23%).
Nos bens intermediários, a desaceleração no subgrupo de suprimentos (de -0,08% para -1,03%) foi o que permitiu a queda na taxa, de 1,44% na primeira prévia de setembro para 1,21% na primeira prévia de outubro. Dentro do IPA, a única categoria que ampliou a alta foi a de bens finais, com alta de 0,61% ante -0,16% na prévia anterior. O subgrupo de alimentos processados foi o principal impulso para esse movimento, com avanço de 2,93% ante 1,13% na prévia anterior.
No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o desempenho das classes de despesa foi equilibrado, com quatro apresentando acréscimo nas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo vestuário, passando de -0,11% na primeira prévia de setembro para +0,83% na leitura anunciada hoje. Também avançaram, no período, os grupos habitação (de 0,38% para 0,46%), comunicação (de -0,12% para 0,15%) e transportes (-0,18% para -0,12%).
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Os itens que contribuíram para estes movimentos foram móveis para residência (de 0,09% para 1,18%), tarifa de telefone móvel (de -0,59% para 0,22%) e automóvel novo (de -0,42% para 0,24%), respectivamente. As passagens aéreas, que já vinham de alta de 4,56% na primeira prévia de setembro, aceleraram para 9,92% na primeira prévia de outubro. Já as tarifas de ônibus urbano saíram de alta de 0,70% para queda de 0,70%, no mesmo tipo de comparação.
Em contrapartida, outras quatro classes de despesa desaceleraram: alimentação (de 0,21% na primeira prévia de setembro para 0,14% na primeira prévia de outubro), saúde e cuidados pessoais (de 0,43% para 0,28%), educação, leitura e recreação (de 0,52% para 0,44%) e despesas diversas (0,31% para 0,08%). Nestes grupos, destacam-se os itens laticínios (de 1,26% para -0,10%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,55% para 0,06%), hotel (de 1,43% para 0,09%) e clínica veterinária (de 1,25% para 0,12%).
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,73%, leve aceleração ante a prévia anterior, quando avançou 0,70%. O índice que representa o custo da Mão de Obra não registrou variação pelo segundo mês consecutivo.