A inflação de Florianópolis chegou a 10,54% em 2021, mais do que o dobro do índice registrado no ano anterior (5,02%). É isso que aponta o Índice de Custo de Vida (ICV) da Udesc/Esag. Com forte aumento dos combustíveis, os preços que mais subiram foram os ligados aos transportes (23,5%). (veja ranking abaixo)
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Os dados sobre o custo de vida dos consumidores de Florianópolis refletem a variação de preços de 297 itens, divididos em nove categorias. O grande aumento dos preços ligados aos transportes foi por conta das altas históricas dos combustíveis para automóveis.
Os que mais subiram em 2021 foram o etanol (55,7%), seguido pelo óleo diesel (49,9%) e pela gasolina (46,3%).
Itens relacionados à habitação (12,5%) também tiveram forte aumento neste ano, com destaque o gás de botijão (30,65%) e da energia elétrica (29,8%), com aumentos constantes de bandeira tarifária por conta da crise hídrica.
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Entre os nove grupos analisados, os únicos que tiveram variação negativa em 2021, foram Vestuário (-6,37%) e Comunicação (-1,46), que inclui telefone residencial, internet e TV por assinatura.
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Inflação em dezembro
Em dezembro de 2021 a inflação de Florianópolis foi de 0,67%, e desacelerou em relação aos meses anteriores. Durante o último mês do ano, dos 297 itens pesquisados, 129 tiveram aumento, 118 permaneceram estáveis e 50 tiveram queda de preço.
Apesar da desaceleração, alguns itens puxaram o índice geral para cima. Os consumidores de Florianópolis sentiram um aumento nas despesas pessoais em dezembro, que responderam por mais de 27% do indicador. Os alimentos tiveram o segundo maior impacto na inflação de dezembro — quase 25% do índice.
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Conforme a Udesc, a metodologia utilizada para calcular o Custo de Vida de Florianópolis é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional.
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