A inflação percebida pelas famílias de baixa renda registrou alta de 0,65% em novembro, ante alta de 0,73% em outubro, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) divulgado nesta quarta-feira, 11, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

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O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre um e 2,5 salários mínimos. Com o resultado, o índice acumula altas de 4,39% no ano e de 5,18% em 12 meses.

A taxa do IPC-C1 em novembro voltou a ficar abaixo da inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos (o Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-Br) mostrou alta de 0,68% em novembro). Ambos são calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

A taxa de inflação acumulada em 12 meses do IPC-C1 também se posicionou em patamar inferior, aos 5,18%. Em igual período, o IPC-Br subiu 5,59%.

A maior influência para a desaceleração do IPC-C1 veio do grupo Alimentação, que saiu de alta de 1,13% em outubro para um avanço de 0,80% em novembro. Nesse grupo, os destaques foram as perdas de força das de carnes bovinas (3,36% para -0,03%) e do tomate (21,32% para 12,83%).

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Além dos alimentos, Transportes deram um alívio na passagem de outubro para novembro no indicador. Segundo a FGV, o grupo apresentou queda de 0,03% no mês passado, ante alta de 0,26% no anterior. Só o item tarifa de ônibus urbano desacelerou para -0,06%, contra 0,49% em outubro.

Entre os demais grupos, dois apresentaram altas menores: Saúde e cuidados pessoais (de 0,58% em outubro para 0,43% em novembro) e Educação, leitura e recreação (de 0,60% para 0,51%). Enquanto isso, os outros quatro grupos intensificaram o ritmo de avanço: Despesas diversas (0,26% para 1,26%), Habitação (0,69% para 0,77%), Vestuário (0,69% para 0,78%) e Comunicação (0,44% para 0,77%).