A inflação acelerou em outubro em seis dos nove grupos que compõem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os alimentos tiveram o maior impacto sobre a taxa de 0,59% no mês, mas não foram os únicos vilões.

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– Não pense que foram só os alimentos que aumentaram. Outros grupos também pressionaram a taxa – afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

Os aumentos de preços nos artigos de vestuário aceleraram a alta de 0,89% em setembro para 1,09% em outubro. Nos artigos de residência, a variação saiu de 0,18% em setembro para 0,37% em outubro.

No grupo transporte, a taxa passou de uma queda de 0,08% para uma alta de 0,24%, no período. Houve influência do aumento de 0,75% na gasolina, que tinha caído 0,13% no mês anterior. Também contribuiu a alta de 0,32% do automóvel novo, que havia caído 0,08% em setembro. O conserto de automóvel também subiu 0,32%, após ter diminuído 0,55% em setembro. Já o automóvel usado ainda teve queda, mas menor – saiu de -1,62% em setembro para -0,17% em outubro.

Também registraram aceleração os grupos saúde e cuidados pessoais (de 0,32% em setembro para 0,48% em outubro), comunicação (de 0,03% para 0,31%) e alimentação e bebidas (de 1,26% para 1,36%).

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– Na verdade, quem ajudou a equilibrar a taxa (do IPCA) no confronto com o mês passado foram itens e despesas ligados à habitação. Foram itens administrados, como energia elétrica e água e esgoto, e também aluguel residencial, condomínio e gás de botijão – explicou Eulina.

Houve desaceleração nos grupos habitação (de 0,71% para 0,38%), despesas pessoais (de 0,73% para 0,10%) e educação (de 0,10% para 0,05%).

O item empregados domésticos saiu de uma alta de 1,24% de setembro para queda de 0,16% em outubro, e recreação desacelerou a alta de 0,79% para 0,29% no período, sendo responsáveis pelo resultado das despesas pessoais no mês.