Moradores da cobertura de um edifício na rua Otto Boehm, em Joinville, convivem há dois anos com uma ave cuja população, quando aumenta desenfreadamente, se torna praga urbana: os pombos.

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Célia Teixeira de Freitas, que mora com a família em um dos apartamentos da cobertura, não pode sequer usufruir da área de lazer. Isso porque a piscina vive suja com as fezes das aves, que fizeram ninhos na churrasqueira e até dentro de sapatos.

Segundo Célia, o problema aumentou depois que o apartamento ao lado do dela ficou abandonado, devido a uma pendência judicial, e acabou servindo de abrigo aos animais.

– O apartamento ao lado está todo infestado de pombos -, conta.

Para tentar se proteger, a família mantém as janelas fechadas. Não parece suficiente. Ela e o marido, inclusive, estão em tratamento médico por causa dos pombos.

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– Meu marido foi contaminado por estafilococos e chegou a ficar hospitalizado. Nós dois estamos com uma doença na pele -, relata.

A moradora ressalta que o problema é de saúde pública.

– Já liguei para a Fundação Municipal de Meio Ambiente (Fundema), e disseram que eu deveria entrar em contato com a Vigilância Sanitária, mas a Vigilância disse que devo mesmo falar com a Fundema. Um empurra para o outro e ninguém resolve -, reclama.

Ela afirma que tem buscado orientação para medidas paliativas.

– Tenho colocado um produto que afasta os pombos, e criei uma engenhoca para aplicar uma substância que repele os pombos no apartamento vizinho.

Condomínio

Em contato com os responsáveis pelo condomínio no bairro Atiradores, “AN” recebeu a informação de que órgãos como Fundema, Secretaria Municipal de Saúde e Ibama foram consultados, e as orientações, seguidas. Como os animais não podem ser mortos, o condomínio providenciou a limpeza do apartamento abandonado. Moradores foram orientados a não alimentar os animais.

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Fundema

Segundo o veterinário da Fundema de Joinville, Luiz Felipe Jensen, a eliminação dos potenciais abrigos para as aves e a conscientização de que não se deve alimentá-las normalmente são suficientes para acabar com as infestações de pombos. De qualquer forma, o veterinário se comprometeu a visitar o local na próxima terça-feira, para verificar a situação e apontar soluções para o problema.