A partir desta quarta-feira (24), Florianópolis terá novas restrições determinadas pela prefeitura para o enfrentamento à disseminação do coronavírus. As medidas impactam restaurantes, bares, lanchonetes, espaços públicos, academias, shoppings e galerias. Para a infectologista Regina Valim, as decisões têm base técnica e razão de serem adotadas.
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— O vírus cresce em escala geométrica. Quando há uma mudança na taxa de transmissão, realmente é perigoso. Não para hoje, mas para daqui a algumas semanas. A taxa de transmissão pode mudar rapidamente e com isso mais pessoas doentes, com potencial de gravidade, que precisarão ser internadas e precisarão de leitos de UTI — projeta a médica.
Ouça a entrevista com a infectologista Regina Valim:
As regras adotadas por Florianópolis são discutidas pelos demais municípios da região metropolitana nesta terça-feira (23). O secretário de Saúde da Capital pede que as decisões sejam comuns entre as cidades, que compõem a mesma massa urbana. A tese também é defendida pela médica infectologista Regina Valim, que vê a possibilidade de migração das demandas para as cidades vizinhas.
— Ocorre uma circulação entre municípios muito próximos que quando um deles restringe mais, as pessoas de alguma forma migram para as cidades vizinhas, onde atividades permanecem abertas. Com isso ocorre um risco dos outros municípios também terem impactos na taxa de transmissão. O ideal é que as medidas sejam adotadas em conjunto — pontua a infectologista.
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Conforme os dados da secretaria de Estado da Saúde, Florianópolis registra 10 mortes causadas pelo coronavírus e 1122 casos confirmados. O município vizinho, São José, soma dois óbitos e 297 pacientes diagnosticados. Palhoça tem 400 casos da Covid-19 e quatro mortes. Biguaçu tem 136 pessoas com coronavírus e não registrou óbitos.Florianópolis tem novas restrições no enfrentamento ao coronavírus