Um encontro realizado na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), realizada na quarta-feira (21), apresentou aos empresários do setor uma alternativa para reduzir custos com o transporte de mercadorias dentro do Brasil. A cabotagem, como é conhecido o transporte marítimo entre portos de um mesmo país, é uma alternativa que pode reduzir custos para o setor.

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Conforme a Fiesc, a entidade via lançar uma agenda de prioridades para o transporte e a logística do setor. O documento deve ser divulgado no dia 12 de dezembro, mas a cabotagem deve receber atenção especial. Conforme a Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), a cabotagem passou a representar 11,5% do escoamento da produção catarinense. Em 2010, esse percentual era de 5,8%.

No evento, o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, destacou que o uso da cabotagem pode ser benéfico para as empresas e também para o trânsito nas rodovias. De acordo com ele, a entidade vai passar a defender o transporte marítimo para os próximos anos no setor.

Estudos da Fiesc mostram que a cabotagem pode ser competitiva para transportes cuja distância supere 1,2 mil quilômetros. Embora os caminhões sejam indispensáveis no Brasil, se o transporte marítimo for usado de forma intensa, é possível retirar das estradas de 2,5 mil a 4 mil veículos pesados. Além disso, gasta-se oito vezes menos combustível.

Ainda que a maior parte territorial do Brasil seja afastada da costa, quase toda a população mora em áreas que ficam próximas ao litoral. Além disso, os portos de Santa Catarina são reconhecidos pela eficiência e pela capacidade de escoar grandes produções.

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