A indústria pesqueira de Santa Catarina quer incluir frutos-do-mar, inclusive enlatados, na cesta básica catarinense. A pauta é levantada pelo Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi) e já foi levada a deputados estaduais.

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Segundo o Sindipi, Santa Catarina produz atualmente mais de 80% de todo o atum e sardinha em lata comercializados no Brasil. Com a inclusão na cesta básica catarinense, o produto pode ter redução da base de cálculo de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

— O Estado incluir estes itens na cesta básica catarinense é um passo importante não só para garantir incentivos fiscais, mas também tornar mais acessível à população produtos saudáveis e que compõem uma alimentação equilibrada — reforça Agnaldo Hilton dos Santos, presidente do sindicato.

Pescado pode ser incluído na cesta básica federal

No começo de março, o governo federal incluiu o pescado in natura e enlatado na lista dos alimentos que podem compor a cesta básica nacional. Com isso, o produto pode ter isenção de impostos. A definição foi feita em uma portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

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Benefícios do pescado

Conforme explica Cristina Ramos Callegari, nutricionista e Extensionista Social na Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), os peixes são ricos em proteínas de alto valor biológico, em ferro de boa disponibilidade, zinco e vitamina B12.

O pescado é a proteína cárnea de origem animal mais consumida no mundo. Contudo, no Brasil, é a menos consumida, conforme dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).

A porção indicada para consumo de pescado é de 140 gramas, duas ou mais vezes por semana, e pelo menos uma delas sendo rica naturalmente em óleo. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que cada pessoa consuma, por ano, 12 quilos de peixe.

— A inclusão do pescado na cesta básica, além de contribuir com o aumento do consumo deste alimento pela população, representa um marco para o desenvolvimento da cadeia produtiva em nosso país — considera Callegari.

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Assim como os outros tipos de carne, os peixes são ricos em proteínas de alto valor biológico, em ferro de boa disponibilidade, zinco e vitamina B12. A vantagem em relação à carne de outros animais é o menor teor de gordura saturada e de calorias, além de serem fontes de vitaminas D e do complexo B, e de minerais como cálcio, selênio, iodo, magnésio, fósforo e cobre. Além disso, os peixes são fontes de ômega 3.

Os peixes de água fria (como o salmão, cavala, sardinha, anchova e atum) são conhecidos pela gordura de boa qualidade, que podem ajudar a prevenir doenças cardiovasculares.

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