A conclusão da Via Expressa Portuária de Itajaí foi incluída na lista das obras prioritárias para garantir o fôlego econômico e a competitividade no Sul do Brasil. A relação, que inclui 51 projetos, faz parte de um estudo produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelas federações das indústrias de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. A conclusão do levantamento, apresentada ontem em Brasília para lideranças do governo, estima que o investimento necessário para que todas as obras sejam feitas ultrapassa R$ 15 bilhões.

Continua depois da publicidade

A ideia é evitar que gargalos de infraestrutura prejudiquem o escoamento da produção para o mercado interno e externo, além de reduzir custos no transporte de cargas _ o que impacta em redução no valor dos produtos que chegam ao consumidor final. Em Itajaí, a falta de uma via exclusiva para os caminhões contêineres obriga os transportadores a circular por algumas das ruas e avenidas mais movimentadas da cidade, o que causa congestionamentos. A estimativa é que cada hora parada de um caminhão custe R$ 100 às empresas que fazem o transporte.

A obra da via expressa, iniciada em 2006, começou a sair efetivamente do papel somente quatro anos depois, quando o 10º Batalhão de Engenharia do Exército assumiu os trabalhos. O atraso na desapropriação dos imóveis, porém, fez com que os militares se retirassem antes da conclusão.

Procurado pela reportagem de O Sol Diário, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), responsável pela obra, não se manifestou sobre a retomada dos trabalhos até o fechamento desta edição.

Porto de Itajaí fica de fora

Continua depois da publicidade

A lista de obras resultante do estudo inclui, ainda, trabalhos de infraestrutura nos portos. Entre os terminais catarinenses, foram listados o de São Francisco do Sul e o de Imbituba. Não foram previstos investimentos para o Complexo Portuário do Itajaí-Açu. As entidades que produziram o estudo pretendem, agora, buscar engajamento para garantir que as empreitadas saiam do papel _ o que inclui a possibilidade de parcerias público-privadas.