A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) elogiou a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de reduzir a taxa Selic de 11% para 10,5%. Na avaliação do presidente da federação, Heitor José Müller, o Brasil “deve continuar caminhando na direção de ter taxas de juros mais compatíveis com seus pares internacionais”.

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– O aumento da competitividade e dos investimentos que o país tanto carece passa por condições mais equânimes de financiamento, principalmente, para as micro e pequenas empresas – afirmou Müller em nota.

O presidente da Fiergs destacou, no entanto, que cabe ao governo reduzir as despesas e investir com mais eficiência na batalha contra um cenário externo de turbulência:

– Não podemos esquecer que um dos motivos dos elevados juros no Brasil é o alto grau de endividamento do governo. Se este problema não for resolvido na raiz, corremos o risco das taxas voltarem a crescer quando a conjuntura mudar.

Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou, em comunicado, que a taxa pode ser reduzida ainda mais. A confederação ponderou que os juros continuam acima dos padrões internacionais, “o que torna evidente a existência de espaço para novos cortes”. Na avaliação entidade, as turbulências econômicas internacionais continuam trazendo incertezas e restringindo o crédito em escala global, o que também abre condições para a continuidade dos cortes:

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– A CNI considera ser necessário dar continuidade ao ciclo de redução dos juros, de modo a atenuar os efeitos da baixa atividade mundial na economia brasileira e evitar novo movimento de valorização cambial – destacou a CNI.