Com um crescimento de 4,1% na produção industrial de janeiro a setembro de 2018, Santa Catarina está acima do resultado nacional, que ficou em 1,9%. Os dados foram apresentados na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) na sede da entidade em Florianópolis na tarde desta terça-feira (11).
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O presidente da Fiesc Mario Cezar de Aguiar classificou o momento como de euforia, diante de conquistas que colocam a economia catarinense em um patamar pré-crise. O estado cresceu nos primeiros nove meses do ano 2,7%, enquanto a média nacional ficou em 1,2%, conforme dados do Banco Central.
— Se não fosse a greve dos caminhoneiros, teríamos crescido ainda mais. Além da produção diversificada o que favorece este resultado para é o empreendedorismo característico do empresariado — declarou Aguiar.
Geração de empregos
A capacidade de geração de empregos, ao contrário de 2017, quando as vagas ficaram concentradas no setor de alimentos e têxtil, este ano se mostrou em todos os setores.
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— Criamos 54 mil postos de trabalho, embora para reverter as perdas de 2015 e 2016, precisássemos criar 62 mil empregos. Estamos otimistas, a estimativa é de que em 2019 sejam criadas 4 mil vagas — afirmou.
A produção metalúrgica foi a que a registrou o maior crescimento, 25,3%, enquanto a produção nacional do setor ficou em 5,2%. O setor têxtil teve um incremento produtivo de 7,9%, enquanto o país registrou queda de – 1,6% na área.
A produção de vestuário registrou aumento de 6,1%, enquanto a produção nacional teve uma queda de -3,7%.
Líder no país
Segundo a Fiesc, o estado é o segundo estado do país em recuperação econômica, atrás apenas do Pará, que se baseia na indústria extrativa. No entanto, a indústria de alimentos teve retração no período, muito em função dos embargos que limitaram as exportações.
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— O total anunciado pela indústria para 2019 é de R$ 6,6 bilhões em investimentos, o que reforço nosso otimismo em relação à economia — afirmou.
Desafios
Apesar de um cenário tão favorável, a infraestrutura oferecida à indústria, sobretudo do Oeste catarinense, são pontos de atenção para o crescimento, de acordo com a Federação.
— Vemos com muita preocupação a precariedade rodoviária, a inexistência de uma malha ferroviária, as dificuldades aeroportuárias para o transporte de produtos e a necessidade de melhorar os portos. Nosso desafio não é só o crescimento da indústria catarinense e a manutenção dela no estado, mas a atração de novas empresas para cá — argumentou.
Para o presidente da Fiesc, a manutenção dos incentivos fiscais do estado são fundamentais neste momento de consolidação.
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— Com isso, a indústria terá condições de competir com outros estados e países e será fortalecida. Entendemos que a inovação e a internacionalização industrial são fatores essenciais para incrementar o crescimento econômico neste momento — afirmou.