A indústria da construção fechou 2012 com fraco desempenho, tanto no nível da atividade – que caiu de 49,1 pontos, em novembro, para 45,8 pontos em dezembro – quanto no de empregos, que cedeu de 47,6 para 46,1 pontos na mesma base de comparação, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A Sondagem Indústria da Construção da CNI ouviu 413 empresas do ramo em todo o país.
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Foi constatado que, apesar do fraco desempenho nos últimos dois anos, o setor aposta no aumento do número de empreendimentos e de trabalhadores nos próximos seis meses, segundo Danilo César Garcia, da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O dirigente lembrou que dezembro foi o oitavo mês consecutivo em que o nível de atividade ficou abaixo da linha divisória de 50 pontos. Os indicadores da pesquisa variam de zero a 100. Valores abaixo de 50 indicam atividade desaquecida.
Com a queda na atividade, a Utilização da Capacidade de Operação (UCO) da indústria da construção caiu de 71%, em novembro, para 69% – o menor nível registrado desde janeiro de 2012, quando começou a série histórica. A queda foi mais intensa nas médias empresas, nas quais a utilização da capacidade de operação recuou de 73% para 67% na comparação mensal.
A pesquisa da CNI mostra que o segmento de serviços especializados – assentamento de azulejos, instalação de redes elétrica e hidráulica, marcenaria e outros – foi o que teve o pior desempenho em dezembro. O indicador de evolução do nível de atividade no setor alcançou 42,9 pontos e a utilização da capacidade de operação teve a queda mais intensa: recuou de 75% para 70%.
Mesmo com a queda na atividade, no entanto, a indústria da construção mantém o otimismo. O indicador de expectativa em relação ao nível de atividade para os próximos seis meses aumentou de 56,3 pontos, em dezembro, para 59,3 pontos na sondagem deste mês. É o segundo crescimento consecutivo no indicador, de acordo com a pesquisa. Os empresários da indústria da construção ressaltam, no entanto, que o otimismo poderia ser maior, não fossem a elevada carga tributária, a carência de trabalhadores qualificados, o alto custo da mão de obra, as dificuldades de crédito e a inadimplência, dentre outros.
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