A indústria catarinense teve o maior crescimento do Brasil em 2021, segundo dados do IBGE e da Federação das Indústria do Estado de SC (Fiesc). De janeiro a outubro, Santa Catarina teve aumento de 13,8% em relação ao mesmo período de 2020 e retomou os patamares de antes da pandemia.
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Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (14), o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar divulgou o balanço industrial do ano, destacando que Santa Catarina conseguiu retomar o crescimento do pré-pandemia cinco meses antes do que a média nacional.
— A indústria puxou o desenvolvimento econômico de Santa Catarina em 2021, o que reforça como a economia do nosso Estado é altamente dependente das indústrias. Mesmo tendo uma queda em setembro e outubro, acreditamos que isso é sazonal e logo vamos retomar esse crescimento — destacou o presidente.
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Entre os setores industriais catarinenses que tiveram maior alta, estão a metalurgia (55,4%), com destaque para a construção civil. Em seguida, aparecem os setores de veículos automotores (45%) e máquinas e equipamentos (28,7%).
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Com o avanço da vacinação e retomada da circulação de pessoas, outros setores que se destacaram pelo crescimento foram os de vestuário e acessórios (22,6%) e produtos têxteis (20,7%).
Segundo Estado que mais gerou empregos
Além do destaque nacional do crescimento, Santa Catarina foi o segundo Estado que mais gerou empregos na indústria, perdendo apenas para São Paulo. As indústrias catarinenses geraram 69.670 vagas em 2021.
O destaque foi do setor têxtil, confecção, couro e calçados, que criou 22.620 vagas. Veja a lista:
- Têxtil, confecção, couro e calçados – 22.620
- Construção – 16.778
- Madeira e móveis – 8.645
- Máquinas e equipamentos – 7.619
- Metalmecânica e maturlia – 7.309
- Alimentos e bebidas – 5.988
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Perspectivas para 2022
Um dos grandes desafios enfrentados pela indústria durante a pandemia foi a escassez de insumos e matérias-primas. Sete em cada 10 empresas de SC informaram que têm enfrentado essa dificuldade.
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No entanto, com a reorganização das cadeias de produção, a perspectiva é que a oferta desses materiais volte ao normal, diminuindo os preços dos produtos finais.
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— Nós tivemos uma escassez de insumos, que explica esse índice de preços ao produtos muito elevado, que acabou sendo repassado na inflação. Mas esse primeiro período parece que passou. Estamos voltando a ter um reorganizamento da produção global. Esperamos que mesmo os recursos que ainda estão muito escassos, como os semicondutores e eletroeletrônicos, já estejam sanados até o segundo semestre do ano que vem — explicou Pablo Bittencourt, consultor de economia da Fiesc.
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