Com um parque industrial formado por 62 mil estabelecimentos, que geram 900 mil empregos, o setor fabril catarinense aposta no movimento chamado de “neoindustrialização” para manter e ampliar sua fatia no mercado global. Essa perspectiva é particularmente relevante para Santa Catarina, Estado onde a indústria responde por 27,5% do PIB e por 34% dos empregos, além de exportar mais de US$ 11,5 bilhões por ano. 

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— Não se trata de apenas recuperar o que foi perdido. O mundo está conhecendo uma nova indústria, que está aprendendo a produzir de um jeito mais sustentável, mais inovador, mais enxuto e com maior valor agregado. O setor industrial de Santa Catarina, que conta com vários líderes nacionais e até internacionais em seus segmentos, promove a elevação da qualidade de vida em todas as regiões do Estado — explica o presidente da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Mario Cezar de Aguiar.

Presidente da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Mario Cezar de Aguiar

O setor de manufatura catarinense é destaque no Brasil pela sua diversificação e distribuição geográfica. Há indústrias em todas as regiões do Estado, muitas delas instaladas em municípios de pequeno porte. Neste contexto, a FIESC não mede esforços para garantir o protagonismo do setor que representa. 

Os serviços prestados pelas entidades que integram a Federação das Indústrias (SESI, SENAI, IEL e CIESC) estão focados nas novas demandas industriais, sempre de olho na manutenção e ampliação de sua competitividade global. Nesta linha, estão serviços de educação; saúde e segurança; pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação; promoção da internacionalização, entre outros.

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Competitividade

— Neoindustrialização é a neoprodutividade. É como vamos agregar valor e abrir mercados para que possamos, numa economia do século 21, gerar empregos de qualidade, retorno aos acionistas e elevar o percentual da manufatura no PIB brasileiro — explicou  o ex-presidente do Banco do Brics, o economista e diplomata Marcos Troyjo, em evento na FIESC. 

Segundo Troyjo, um dos fatores que vai moldar muito a capacidade de neoindustrialização é o capital humano, que se tornou o mais importante fator de produção. A competitividade – ou seja, a capacidade de uma empresa ou de uma região disputar espaços no mercado – deriva de uma série de variáveis, entre elas, ambiente favorável aos negócios, cultura de inovação e posicionamento alicerçado na sustentabilidade ambiental, social e de gestão (ESG). A todos esses temas a FIESC dedica extrema atenção.

Para que o país construa um ambiente propício à competitividade industrial, a Federação defende investimentos públicos ou privados na infraestrutura e a modernização do regramento tributário, trabalhista, ambiental, entre outros. Já a inovação e atualização tecnológica, promovida especialmente por meio dos Institutos SENAI, têm o foco na inserção do parque fabril no conceito da indústria 4.0.

A FIESC também promove e fomenta a adoção da ESG nas indústrias catarinenses, pois considera que o valor esperado pelos consumidores não se limita ao desempenho e qualidade do produto. Ele se estende à eficiência ambiental em toda a cadeia, da produção ou exploração da matéria-prima até sua utilização e descarte. O consumidor também está atento à reputação da marca e para que a organização seja socialmente responsável. O setor industrial precisa fazer frente a esses desafios.

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