Primeiro produtor mundial de óleo de palma, a Indonésia pressiona a União Europeia (UE) para que desista da aplicação de rígidas normas ambientais para esta indústria acusada de contribuir para o desmatamento – revelam documentos obtidos pela AFP.

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Jacarta pede à UE que aplique as normas indonésias de desenvolvimento sustentável – apesar da preocupação com a credibilidade das mesmas – no lugar da certificação europeia mais estrita, proposta em abril passado.

Na próxima segunda-feira (19), deve-se abrir uma quarta e, talvez, última rodada de negociação sobre várias questões que incluem investimentos e propriedade intelectual.

Todo o ano na Indonésia, os incêndios florestais – criminosos em sua maioria – destroem milhares de hectares.

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Atualmente, apenas uma minoria das plantações respeita as normas locais já relativamente frouxas sobre a exploração do óleo de palma. O setor é estratégico na Indonésia e contribui amplamente para as exportações.

Indonésia e Malásia, país vizinho e também grande produtor mundial desse produto, protestaram recentemente contra um projeto do Parlamento Europeu destinado a proibir este óleo nos biocombustíveis, a partir de 2021.

Questionados sobre as informações contidas nesses documentos aos quais a AFP teve acesso, o Ministério indonésio do Comércio e representantes da UE não quiseram comentar.

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* AFP