Os indígenas da Aldeia Kondá, abrigados no ginásio municipal de Chapecó há quatro dias após conflito que deixou um morto e feridos, devem voltar para suas casas no prazo de 72 horas. A recomendação é do Ministério Público Federal (MPF). O tempo começa a ser contato a partir do sétimo dia de luto da comunidade, no domingo (23). Os indígenas que não se sentirem confortáveis para retornar à aldeia devem ser encaminhados para outras tribos da região.

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Mais de 300 indígenas, entre crianças, adultos e idosos, foram alocados pelo município no último domingo quando uma briga generalizada incendiou casas e deixou uma pessoa morta e 13 feridas na aldeia. O conflito aconteceu por disputa de poder, conforme a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Dentro do prazo estipulado pelo MPF também está a identificação de indígenas que não estão diretamente envolvidos no conflito, para que voltem à Aldeia Kondá de forma imediata. O órgão também diz que é necessário identificar os que cuja acomodação em outras terras indígenas seja imprescindível à própria segurança física e à pacificação da briga.

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A recomendação foi direcionada à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), à Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde e à Coordenação do Distrito Sanitário Especial Indígena Interior Sul.

Nos próximos dois dias, os órgãos precisam destacar as medidas adotadas no ginásio para garantir a segurança alimentar, atendimento às necessidades básicas e assistência psicossocial dos refugiados. Com isso, se faz necessário também o “reforço quantitativo de servidores e de recursos” no auxílio aos indígenas.

Segundo a prefeitura de Chapecó, alguns deles perderam as casas nos incêndios e outros deixaram o local por medo do conflitos.

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Tropa de choque reforça segurança na Aldeia Kondá

A tropa de choque da Polícia Militar se instalou nos arredores da Aldeia Kondá, à pedidos da Funai, para motivar a volta dos mais de 300 indígenas que saíram de suas casas há dois dias. Conforme a prefeitura, porém, o grupo ainda está com medo e teme possíveis acontecimentos após a saída dos policiais da região.

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