O indie rock de bandas como Arctic Monkeys e Strokes está muito bem representado em Florianópolis com o Rascal Experience. Surgido em 2012, o quarteto deu mostras de seu potencial nas cinco músicas do EP Bad Luck Experience e agora confirma as expectativas com o recém-lançado disco Rise.

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O álbum pode ser ouvido no Soundcloud, no Spotify e no YouTube e baixado no Bandcamp. A ideia é em breve também vendê-lo em versão física nos shows.

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A proposta do grupo fica evidente já em Marauders Thoughts, a canção que introduziu o novo trabalho: ruído e melodia à base de guitarras, com pegada roqueira sem abrir mão de um refrão pronto para grudar à primeira audição.

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A combinação, se não prima pela originalidade (no caso deles, talvez isso nem seja o mais importante), reflete exatamente o que a banda buscava quando se enfiou no estúdio da casa do guitarrista e vocalista Victor Fabri, 21 anos, para gravar Rise.

– Achamos uma boa para termos todo o tempo e calma para deixar o som da forma que a gente queria – diz o baterista Hédy Gabriel, da mesma idade.

Segundo o baterista, compor em inglês foi uma opção natural. Afinal, além da facilidade de Fabri em escrever no idioma, a língua é familiar tanto nas influências da banda quanto para o público que almeja.

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– Todo mundo escuta música em inglês, o que facilita passar nossa mensagem para o máximo de pessoas. Mas isso não tira a possibilidade de escrevermos em português no futuro – avisa.

Ainda não dá para viver de música

O batismo do grupo tem origem em uma piada interna. Hédy conta que os integrantes sempre usavam o termo “rascal” como sinônimo de “maroto”.

– “Experience” foi só para completar e fazer o nome da banda soar diferente – admite.

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Enquanto a “experiência marota” não permita que vivam apenas de música, eles vão se virando. O baterista estagia em uma empresa de geofísica, o baixista Renie Santos, 20 anos trabalha como gerente de vendas e o outro guitarrista Idyan Lopes,19, é técnico em informática. Só Fabri é músico em tempo integral.