A Coreia do Norte parece ter reativado uma usina de recuperação de plutônio para uso em armas nucleares, informou nesta segunda-feira a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a partir de “indícios” encontrados em imagens de satélites.

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“Os indícios que obtivemos (são de) atividades relacionadas com um reator de cinco megawatts, a expansão de infraestruturas de enriquecimento e de atividades relacionadas à recuperação (de plutônio)”, disse o diretor da AIEA, o japonês Yukiya Amano.

“De qualquer forma, como não temos inspetores em terra só observamos a partir de imagens de satélite. Não podemos garantir. Mas temos indícios de certas atividades através de imagens de satélites”, explicou Amano em uma coletiva de imprensa em Viena.

Entre os sinais de atividades detectados no principal complexo atômico do país, em Yongbyon, figuravam “movimentos de veículos, vapor, jatos de água quente e transporte de material”, segundo o responsável da agência da ONU, que não disse quando as imagens foram capturadas.

No início de abril, investigadores americanos chegaram a uma conclusão parecida ao detectar, também em imagens de satélite, atividades suspeitas no complexo que podiam dar a entender que Pyongyang recuperava plutônio para fabricar novas armas nucleares.

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O reator de cinco megawatts de Yongbyon foi fechado em 2007 após um acordo no qual o desarmamento era trocado por ajuda humanitária, mas a Coreia do Norte começou a reativar o complexo depois de seu terceiro teste nuclear, em 2013.

* AFP