A queda na conta de energia elétrica também trouxe alívio ao Índice Geral de Serviços (IGS) de fevereiro. De acordo com Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o IGS teve deflação de 0,15% no mês passado, sendo a primeira queda registrada pelo indicador desde que começou a ser calculado, em julho de 2011. Naquela ocasião, o IGS subira 0,65%.

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Nesta segunda-feira, a Fipe divulgou o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC) de fevereiro, que teve inflação de 0,22%, após aumento de 1,15% em janeiro.

– A diferença é que o item energia elétrica pesa mais no Índice de Serviços do que no geral – justificou o economista e coordenador do IPC, Rafael Costa Lima. Segundo ele, enquanto o item tem peso de 8,33% no IGS, no IPC é de 3,79%. Os preços da energia no âmbito do IGS recuaram 5,44%.

O grupo Habitação teve queda de 0,44%, puxada pela desoneração da tarifa de energia, mas também limitada pela taxa positiva de 6,59% de imposto predial (IPTU), disse Costa Lima.

Além de Habitação, os grupos Transportes e Despesas Pessoais também tiveram deflação no âmbito do IGS de fevereiro, de -0,09% e -0,63%, respectivamente. O economista da Fipe explicou que a retração nos preços de Despesas foi influenciada pela queda nas tarifas de avião (-1,34%) e pacotes de viagem (-2,97%).

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– Movimento sazonal que está ajudando na deflação. Os preços de passagem aérea têm espaço para cair mais em março, já que subiram muito – estimou, completando que os preços têm alta acumulada em 12 meses de 28,34%.

Já os demais grupos que compõem o IGS ficaram no campo positivo. O grupo Alimentação teve alta de 0,59% em fevereiro; Saúde teve taxa de 0,76%; e Educação teve variação de 0,34%.