Joinville divulgou as notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Municipal (Idem), que avalia o desempenho das escolas da rede municipal. Os números apresentam melhoras, mas também as desigualdades nos níveis de formação e entre os colégios. Os dados são referentes a 2022.
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O Idem é dividido em três etapas: a primeira reúne unidade até o 2º ano do ensino fundamental e teve a nota 7,03; depois, do 3º ao 5º ano, atingiu 6,97; por último e com a pior avaliação estão as turmas do 6º ao 9º ano, com nota 5,33.
Para o secretário de Educação, Diego Calegari, de modo geral, os resultados são positivos, já que, conforme ele, 89% das escolas municipais registraram melhoras em pelo menos uma das etapas avaliadas e tiveram o melhor desempenho da história no fluxo escolar. Já a diferença entre os níveis do fundamental estaria acompanhando o cenário nacional e ainda é prejudicado pela pandemia da Covid.
— Os alunos do 2º ano avaliados, no ano passado, não foram afetados pela pandemia porque tiveram aulas presenciais ao longo dos dois últimos anos. Enquanto isso, os estudantes de 5º e 9º ano enfrentaram um ano de aulas totalmente à distância e outro no formato híbrido — analisa.
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Há diferença também na avaliação entre as escolas da cidade. Nas turmas de 6° ao 9° ano, a Carlos Heins Funke, localizada na região de Pirabeiraba, é a melhor avaliada, com nota 7,68. Já a pior é a Nilson Wilson Bender, no bairro Paranaguamirim, que atingiu apenas 3,00.
Calegari afirma que a diferença se dá pelo contexto social e econômico em que cada uma está instalada e que o município tenta reverter o cenário.
— É nosso papel tentar aproximar esses resultados, por isso temos priorizado escolas mais vulneráveis em programas como reforço escolar e “<Lab_Code>“. O objetivo é levar mais estrutura, acesso a serviços e pessoas que possam ajudar a superar essas dificuldades — explica.
Na mesma linha, ela pontua que a gratificação criada pela Secretaria de Educação aos profissionais fossem direcionados para unidades mais distantes e vulneráveis.
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— No concurso público, realizado no ano passado, todos os professores contratados também foram direcionados para escolas mais vulneráveis e com resultados menores no Idem e Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) — expõe.
Objetivo é melhorar as notas em 2024
Para o ano que vem, o secretário Diego Calegari diz que a intenção é melhorar os resultados das escolas nas três etapas avaliadas pelo Idem. Para isso, a prefeitura trabalha com formação mensal de professores, acompanhamento pedagógico de supervisores e diretores, prioridade nas áreas com mais defasagens e discussões sobre os resultados das avaliações trimestrais realizadas na rede municipal.
Além disso, Calegari cita investimentos em tecnologia dentro do programa “Somos Digitais”, como a aquisição de 12,5 mil chromebooks, 2.439 kits de robótica e pontos de acesso para internet, por exemplo, totalizando 37,7 milhões.
Além de mensurar o desempenho das escolas, dos profissionais e a aprendizagem das crianças, o Idem também tem impacto no programa de valorização por resultados na aprendizagem. É com o resultado do índice de desenvolvimento que se faz o cálculo de quem receberá a gratificação, criada no ano passado pela prefeitura de Joinville.
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