A Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada na manhã desta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), aponta melhorias na educação brasileira entre 2001 e 2011. Um dos destaques é o aumento de crianças presentes na educação infantil (zero a cinco anos). Em uma década, o percentual deu um salto de 25,8% para 40,7% em todo o território nacional. O estudo também aponta que, entre as mulheres com filhos de zero a três anos de idade nas instituições infantis, 71,7% estavam ocupadas.
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A escolarização de crianças de seis a 14 anos está praticamente universalizada, alcançando 98,2% em 2011. Os adolescentes de 15 a 17 anos apresentaram uma taxa de escolarização de 83,7%, percentual um pouco maior se comparado a 2001, que apontou 81%. Porém, em 2011, apenas 51,6% desses jovens estavam na série adequada, resultado mais favorável ao alcançado em 2001, quando somente 36,9% nesta faixa etária estavam no ensino médio, o que revela ainda uma alta defasagem idade-série.
A proporção de jovens estudantes de 18 a 24 anos que cursavam o nível superior cresceu de 27% em 2001, para 51,3% em 2011. Observou-se uma queda expressiva na proporção dos que ainda estavam no ensino fundamental, passando de 21% em 2001 para 8,1% em 2011. Jovens estudantes pretos e pardos aumentaram a frequência no ensino superior de 10,2% em 2001, para 35,8% em 2011. No entanto, o percentual ainda é muito aquém da proporção apresentada pelos jovens brancos, de 39,6%, em 2001, para 65,7% em 2011.
Desigualdade e trabalho
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A SIS revela também que as desigualdades reduziram-se na última década em razão da valorização do salário mínimo, do crescimento econômico e dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Em relação ao trabalho, entre 2001 e 2011, a síntese constatou um crescimento da proporção de pessoas de 16 anos ou mais de idade ocupadas em trabalhos formais (de 45,3% para 56,0%), embora se mantivessem na informalidade 44,2 milhões de pessoas, em 2011.
O rendimento médio no trabalho principal teve um aumento real de 16,5%, nesse período, sendo que mulheres (22,3%) e trabalhadores informais (21,2%) tiveram os maiores ganhos reais. No entanto, o rendimento das pessoas ocupadas pretas ou pardas equivalia, em 2011, a 60% do rendimento dos brancos. A SIS aponta, também, que em 2011 o tempo médio semanal dedicado pelas mulheres em afazeres domésticos era 2,5 vezes maior do que o dos homens.
Indicadores demográficos
Quanto aos indicadores demográficos, em 2011, a taxa de fecundidade era de 1,95 filhos por mulher, variando de acordo com a escolaridade (de 3,07 para mulheres com até 7 anos de estudo, para 1,69, para aquelas com 8 anos ou mais de estudo). Na década, a população idosa de 60 anos ou mais de idade cresceu a uma taxa anual de 3,7%, enquanto a população total cresceu a 1,2% ao ano.
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