Prosperar significa ocasionar o crescimento ou a melhoria da condição de algo. Nesse sentido, quando refletimos sobre crescimento e o desenvolvimento econômico, devemos reconhecer, comparar e interpretar indicadores econômicos e políticos e analisar se prosperamos também quanto aos seus impactos sociais.

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O produto interno bruto (PIB), que representa a soma dos bens e serviços produzidos, é o principal indicador do crescimento econômico de um país. Sinteticamente, leva em conta três grupos de atividades: agropecuária, indústria e serviços.

Sua importância consiste no fato de possibilitar comparações de geração de riqueza de diferentes países, bem como sua fração per capita.

A ironia é que, apesar de ser um indicador importante, não pode ser tomado como indicador de bem-estar, já que não reflete, por exemplo, a distribuição de renda ou níveis de pobreza, esses, sim, presentes no processo do desenvolvimento econômico. Além disso, outro fator que precisa ser considerado diz respeito à demanda agregada.

A demanda agregada representa o total de bens e serviços que os agentes econômicos – famílias, empresas e governo – desejam consumir num determinado período e nível de preço. E ela depende das políticas econômicas, como a monetária, a fiscal ou a de rendas adotadas pelo governo.

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Essas políticas, quando contracionistas, como na atualidade, refletem a necessidade do governo em conter o consumo para cumprir a meta de inflação. A consequência dessas medidas pode ser sentida pela sociedade na elevação da taxa de juros, que faz com que a demanda caia, refletindo, em último estágio, na queda do emprego e na redução de salários.

Assim, o desenvolvimento econômico, que no conceito da Organização das Nações Unidas incorpora também a melhoria do padrão de vida da população, fica seriamente comprometido.

Melhorar o índice de bem-estar social e material a partir do crescimento econômico parece estar cada vez mais distante quando analisamos a atual conjuntura econômica brasileira.

Portanto, além dos indicadores econômicos, o desenvolvimento econômico leva em consideração o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

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Ele incorpora os indicadores sociais, como a expectativa de vida, mortalidade infantil, alfabetização da população, potencial tecnológico e cientifico, além de sugerir o acompanhamento de questões voltadas ao meio ambiente, a chamada “economia verde”.

Só que esses indicadores sociais dependem de recursos gerados pelo crescimento econômico. Para investir em saúde, educação ou tecnologia é necessário haver metas e orçamentos compatíveis às necessidades da sociedade.