Indicado para ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli negou as inconsistências apontadas em seu currículo e assegurou que será empossado no cargo.
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– Sou ministro – afirmou, ao ser entrevistado por repórteres de emissoras de TV, por volta das 19h desta segunda-feira (29), em Brasília.
Essa foi a primeira fez que Decotelli falou após a revelação de que seu currículo estaria “inflado”. Anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada, Decotelli teve seu nome envolvido em três denúncias:
– suspeita de plágio na dissertação de mestrado da Fundação Getúlio Vargas (FGV)
– declaração de um título de doutorado na Argentina, que não foi obtido;
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– declaração de um pós-doutorado na Alemanha, que não foi realizado.
Decotelli tentou explicar os episódios, não disse quando tomará posse, mas assegurou que já cumpre agenda de ministro: afirmou que iria, ainda esta noite, tratar de assuntos urgentes da pasta como a data das provas do Enem.
Decotelli afirmou que acabara de se reunir com o presidente Jair Bolsonaro, que teria feito questionamentos sobre o currículo. Segundo o ministro da Educação, Bolsonaro disse que o assunto do doutorado está “resolvido”.
A posse no Ministério estava marcada para terça-feira (30), mas foi adiada pelo governo.
Sobre a denúncia de plágio no mestrado, o ministro respondeu a uma repórter:
– É possível haver distração? Sim, senhora. Hoje, a senhora tem mecanismos para verificar, softwares, se a senhora teve ou não inconsistência. Mas naquela época, pela distração…
Em seguida, disse que não houve plágio porque “plágio é quando o senhor faz ‘control C, control V’. E não foi isso.”
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A entrevista durou cerca de 20 minutos e foi transmitida ao vivo pela Globo News.
* Com informações da Globo News.