O advogado Cristiano Zanin teve a indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF) aceita pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal. A votação ocorreu na tarde desta quarta-feira (21), durante sabatina de Zanin junto a senadores que durou quase oito horas.
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A aprovação da escolha de Zanin ocorreu por 21 votos a 5, sem nenhuma abstenção. A comissão tem 27 membros.
Para a indicação de Zanin ser confirmada, ainda falta a votação no plenário do Senado, que também deve ocorrer nesta quarta. São necessários ao menos 41 votos de um total de 81 para que a nomeação seja aprovada. Tanto na comissão quanto no plenário, a votação é secreta e, portanto, não é possível saber como votaram cada um dos senadores.
Durante a sabatina, Zanin agradou à maioria dos senadores, o que gerou a expectativa de uma ampla votação a favor da indicação, tanto na comissão quanto no plenário. Os critérios considerados pelos senadores são se o indicado tem notório saber jurídico e reputação ilibada, por exemplo.
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Entre as respostas, o advogado afirmou ao senador e ex-juiz federal Sergio Moro (União), que não pretende se declarar suspeito ou impedido em processos apenas por terem a “etiqueta” da Lava-Jato, mas que a avaliação dependerá de cada processo e das pessoas envolvidas. Sobre as ações em que atuou como advogado, deixou claro que pretende se declarar impedido.
Quem é Cristiano Zanin
Cristiano Zanin Martins, 47 anos, foi advogado do presidente Lula nos processos da Operação Lava-Jato. Formado em Direito pela PUC-SP, ele foi indicado no início deste mês para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski.
Zanin também foi coordenador jurídico da campanha do presidente em 2022 e, no governo de transição, assumiu a área de cooperação jurídica internacional.
Quando começou a advogar para Lula, Zanin não tinha experiência na área criminal. A especialidade era em litígios empresariais e recuperações judiciais. Ele trabalhou em casos de grande repercussão, como a recuperação judicial da Varig, a falência da Transbrasil e a revisão do acordo de leniência da J&F.
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