O escritor indiano Aravind Adiga ganhou nesta terça-feira o prêmio de ficção em língua inglesa Man Booker, o de maior prestígio no Reino Unido, com seu primeiro romance, The White Tiger (O Tigre Branco, em tradução livre).

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Adiga, 33 anos, narra em seu livro a vida de um motorista de rickshaw (triciclo usado para transportar passageiros) na Índia, que se debate entre ser um filho leal e seu desejo de prosperar na vida. Ao anunciar o ganhador esta noite, em cerimônia em Londres, o presidente do júri, o ex-ministro conservador Michael Portillo, disse que o que destaca The White Tiger é sua originalidade, refletindo “o lado obscuro da Índia”.

Em edições passadas, o prêmio, que vale 50 mil libras, pouco mais de US$ 87 mil, foi para escritores conhecidos como o sul-africano J.M. Coetzee (Prêmio Nobel de Literatura em 2003), o anglo-indiano Salman Rushdie e a canadense Margaret Atwood.

Adiga é o segundo ganhador mais jovem do prêmio, após Ben Okri, que também levou o Man Booker, em 1991, com 32 anos.

O jovem escritor indiano venceu outros cinco finalistas, o australiano Steve Toltz, por A Fraction of the Whole, o irlandês Sebastian Barry, por The Secret Scripture, o indiano Amitav Ghosh, por Sea of Poppies, a inglesa Linda Grant, por The Clothes on Their Backs, e o inglês Philip Hensher, por The Northern Clemency.

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Cada um dos finalistas ao Man Booker, que em 2007 foi concedido a The Gathering, de Anne Enright, recebe 2.500 libras (US$ 4.359). Segundo Amazon.co.uk, os seis finalistas tiveram aumento de 700% nas vendas após o lançamento da lista final no último mês.