O país celebra mais um aniversário da Independência do Brasil, neste sábado (7). Foi no 7 de setembro de 1822, quando D.Pedro I proclamou a independência do país. Mesmo que as celebrações da data existiram desde a independência, os desfiles cívico-mlitares do 7 de setembro, com a estrutura que conhecemos hoje, foram se moldando aos poucos, principalmente a partir da República, em 1889.
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Início das celebrações de 7 de setembro
Desde o primeiro ano após a independência do Brasil, em 1823, o marco histórico do 7 de setembro foi celebrado, mas não da forma como conhecemos hoje, com desfiles civico-militares. Segundo a historiadora Adriana Barreto, para a Agência Brasil, a celebração em questão já teve pompas militares. Entretanto, cabe ressaltar que nessa época isso não era exclusividade da festa da independência, ocorria em todas as festas que envolviam as autoridades imperiais.
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Além disso, o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Eurico de Lima Figueiredo, indica que no período inicial havia desfiles, mas sem a organização atual. “Os desfiles sempre ocorreram, mas não de maneira planejada, organizada e centralizada como conhecemos hoje. Havia desfiles por diversas razões e várias motivações, mas somente a partir da República [em 1889], que começam a ter a organização mais próxima do que conhecemos hoje”, afirmou o historiador para a Agência Brasil.
Começo dos desfiles de 7 de setembro
Como já foi dito, após 67 anos da Independência — a partir da Proclamação da República em 1889 —, os desfiles de 7 de setembro passaram a ser organizados oficialmente. E só no ano de 1946 a data passou a ser feriado nacional. Nesse mesmo período, Getúlio Vargas passou a popularizar a cultura dos desfiles no país.
De acordo com o professor Figueiredo, Vargas se inspirava muito nos desfiles organizados pelo líder francês Napoleão Bonaparte, preocupando-se muito com a integridade nacional, a ideia de força e o nacionalismo.
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Disputas pela comemoração da Independência
Atualmente, os desfiles estão um pouco enfraquecidos em popularidade, e isso se deve a diversos fatores. Segundo o professor de História da Universidade de São Paulo (USP), João Paulo Pimenta, o uso dos desfiles na época da Ditadura Militar são um fator fundamental nessa perda de identidade por parte da população.
Em entrevista para a Agência Brasil, Pimenta afirmou: “Existem desfiles que são bastante populares no Brasil, como o 2 de Julho na Bahia, que também rememora a Independência do Brasil. Este é um desfile tradicionalmente popular, mas o 7 de Setembro, não”.
Além disso, a professora Adriana Barreto defende que uma recente politização das forças armadas afastam mais ainda parte das pessoas que gostavam do desfile. Por fim, ela ressalta que a relação não deve ser horizontal e nem de oposição entre militares e sociedade civil.
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