Paralisado desde 2009, a construção dos 72 apartamentos do Condomínio Central Libertadores, no Bairro Itoupavazinha, em Blumenau, deve ficar pronta somente em 2015. Isso se a burocracia não impedir a retomada das obras.
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Desde abril do ano passado, a Câmara de Vereadores sancionou lei autorizando a doação de 5 mil metros quadrados, localizada aos fundos da Rua Radialista Rodolfo Setrem, para que a Companhia de Habitação do Estado (Cohab) assumisse a obra, dentro de 12 meses.
Como a empresa contratada pela prefeitura havia desistido da obra há quatro anos, o Estado passou a reformular o projeto e previa, até abril deste ano, retomar a construção. Mas dois impasses impediram o retorno. Os três blocos estavam escriturados em dois terrenos diferentes, o que, segundo a Cohab, encareceria a obra. Além disso, o prazo de concessão do terreno venceu em abril e a prorrogação precisa ser votada novamente pela Câmara.
Se impasse não for resolvido, terreno volta para o município
Sexta-feira, às 14h, o diretor-presidente da Cohab, Ronério Heiderscheidt se reúne com a prefeitura para chegar a um acordo. No dia 6 de maio, a Cohab protocolou na prefeitura o pedido para novas licenças da área e a prorrogação para mais 24 meses da posse, para poder concluir o projeto e lançar o edital de licitação.
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Secretário Municipal de Desenvolvimento Social, Marco Antonio Wanrowsky garante que há cerca de um mês tentava marcar a reunião com a Cohab para discutir o assunto. A agenda só foi confirmada nesta segunda à tarde.
– Queremos de todas as formas resolver com a Cohab. Caso não seja possível por qualquer razão, voltará para o município – informa Wanrowsky.
Obra deve ficar pronta em abril de 2015
A Cohab pretende solucionar o impasse em até 30 dias para lançar o edital de licitação da obra e recomeçar a construção até agosto. Como as obras devem levar até 18 meses, a inauguração do condomínio pode ficar para abril de 2015.
O loteamento foi projetado para receber famílias do Morro Coripós, antes da tragédia de 2008. A maior parte delas já foi contemplada com apartamentos do Minha Casa Minha Vida. Agora, devem ocupar as famílias com renda até R$ 1,6 mil, que estão entre as 684 famílias cadastrados no município.
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Além da construção dos 72 apartamentos e a mudança no projeto urbanístico da unidade, será edificado também um Centro Comunitário, não previsto no projeto original. Com as mudanças e os reparos na atual estrutura, a edificação deve custar mais R$ 3,5 milhões, com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Leia reportagem completa na edição impressa do Santa desta terça-feira.