Duas das principais festas de Indaial, a Fimi (que celebra a instalação do município) e a do Colono (em valorização àqueles que vivem do campo) não irão ocorrer em 2020.

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A decisão foi anunciada pelo prefeito André Moser (PSDB) na noite desta segunda-feira (27). O objetivo do Executivo é destinar o recurso que seria utilizado para esses eventos ao Hospital Beatriz Ramos, unidade que tenta se recuperar de uma crise financeira.

Historicamente tanto a Fimi quando a Festa do Colono não são lucrativas ao município. No ano passado, inclusive, Moser já havia cancelado a organização da primeira, justamente pela situação complicada vivida pela principal unidade de saúde da cidade — na época a expectativa era de que fossem economizados R$ 500 mil.

De acordo com a prefeitura de Indaial, esses R$ 1 milhão de recursos próprios do município que não serão gastos em ambas as festas serão investidos na construção de cinco novas salas no centro cirúrgico do Beatriz Ramos e também na revitalização e humanização do pronto-socorro.

O custo total para essa obra é de R$ 4 milhões. Conforme Moser, o valor restante virá via financiamento e também com recursos destinados de emendas parlamentares. A expectativa é de que até o fim de julho esses trabalhos já estejam finalizados.

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Relembre

Em 18 de março do ano passado, o Hospital Beatriz Ramos passou por uma intervenção da prefeitura e deixou de ser gerido pela Associação Beneficente HBR.

A ação foi motivada depois que a Justiça Federal determinou a leilão do prédio onde funciona a unidade hospitalar como forma de garantir o pagamento de uma dívida tributária que chegava a R$ 1,7 milhão – R$ 950 mil de INSS e R$ 795 mil de Imposto de Renda, PIS, Cofins, entre outros.

No início de março o leilão foi suspenso e a prefeitura trabalha para renegociar essa dívida e pagá-la de forma parcelada.

A alegação da prefeitura é de que a crise no Beatriz Ramos ocorreu por dois motivos, que desencadearam uma queda brusca nas receitas: a diminuição de procedimentos clínicos e cirúrgicos — que derrubaram o faturamento via convênios, como Unimed, por exemplo — e o aumento na taxa de mortalidade dos pacientes.

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