Fabiano Odebrecht
(Foto: NSC Total)

O processo de incubação de empresas teve o início de sua história em um armazém na cidade Batávia, no estado de Nova Iorque em 1959, por iniciativa de Joseph Mancuso. Os programas de incubação se expandiram na década de 1980 nos EUA e logo se espalharam pelo Reino Unido e Europa, em seus diferentes formatos: centros de inovação, polos de pesquisa e parques tecnológicos.

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A maioria das incubadoras oferecem a seus empreendedores compartilhamento de espaços para escritório e serviços administrativos, mas, o cerne de um programa de incubação de negócios são: as qualificações, as mentorias e rede de contatos apresentados às empresas nascentes. Incubadoras diretamente ligadas à tecnologia representam 39% destes programas, que são apoiados por organizações de desenvolvimento econômico, entidades governamentais e universidades. No Brasil temos atualmente quase 400 incubadoras em operação, com uma empregabilidade superior a 50 mil postos de trabalho e que geram R$ 15 bilhões em faturamento, segundo dados de 2016 da Anprotec e do Sebrae.

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Diferentemente de muitos programas de atenção a empreendimentos iniciantes, incubadoras de empresas não se identificam para todo tipo de negócio. Os empreendedores que desejam qualificar-se através de programas de incubação precisam aplicar para admissão. Os critérios de aprovação variam de programa para programa, mas geralmente apenas aqueles com ideias e planos de negócios viáveis costumam ser admitidos.

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O processo de incubação pode ser compreendido como etapas sequenciadas que garantem o desenvolvimento e fortalecimento do empreendimento, de acordo com a fase de vida da empresa.

A implantação é a etapa de constituição da empresa, formação da equipe, identificação de sua contribuição com o desenvolvimento local e setorial, número de empregos a serem criados, aplicação de novas tecnologias e seu potencial para o rápido crescimento.

Na etapa de crescimento e consolidação ocorre o aprimoramento técnico dos produtos, início da comercialização, maturação de seus processos e serviços, assim como, questões organizacionais e administrativas/financeiras.

Na maturação ou graduação a empresa inicia seu desligamento, uma vez que passou por todo programa de qualificação, encontros de mentoria, workshops de nivelamento e monitoramento de seu grau de evolução.

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As incubadoras, muitas vezes nascidas em decorrência de projetos individuais de professores e empreendedores envolvidos com a área de inovação, têm amadurecido ao longo dos anos e possuem papel fundamental, pois são ferramentas de fomento aos empreendedores, que encontram ali um ambiente ideal para crescer e se desenvolver.

Podemos considerar ser um dos melhores caminhos de aproximação, seja entre a tríplice hélice (Empresas, Governo e Academia) quanto entre os próprios empreendedores e seu networking. São esses espaços e seus processos que auxiliam que negócios sejam fortalecidos e garantem a sobrevivência em um mundo competitivo. Com o crescimento destes empreendimentos, passamos a contar com ambientes com melhor densidade, onde podem ser implantados Centros de Inovação e Parques Tecnológicos, que abordaremos aqui em breve nesta coluna.

*Fabiano Odebrecht é diretor executivo da Incubadora Gene de Inovação e Tecnologia