O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) alegou que seu trabalho está baseado na Constituição Federal, em resposta aos fazendeiros do município de Campo Belo do Sul, na Serra, que protestaram nesta sexta-feira no município e acusaram o órgão de tentar desapropriar áreas produtivas para assentar famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).
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As críticas ao Incra passaram a ser mais intensas a partir de 14 de janeiro, quando aproximadamente 45 famílias do MST invadiram uma fazenda no interior de Campo Belo do Sul. Quatro dias depois, proprietários rurais, prefeitos e deputados reuniram-se no município para discutir ações de proteção das terras, mas a pauta foi de ataques ao instituto.
Os fazendeiros dizem que os técnicos do Incra atestam áreas como produtivas e, depois de certo tempo, voltam para afirmar que, na verdade, as áreas estão irregulares e precisam ser desapropriadas.
O superintendente do Incra, João Paulo Lajus Strapazzon, diz que todas as relações do órgão são oficiais, ou seja, se o fazendeiro recebeu o laudo, seja atestando produtividade ou não de sua terra, este documento é o que vale
– Não mudamos os índices para prejudicar ou beneficiar quem quer que seja, muito menos alteramos os resultados dos laudos.
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Ele explicou que a fiscalização das fazendas catarinenses iniciou em 2003 e foi dividida em regiões. Segundo o cronograma, agora é a Serra que deve ser fiscalizada. Ele nega perseguição por parte do Incra e garante que nunca foi ligado ao MST.