Superar as dificuldades e transformar o ambiente escolar em um lugar melhor. Essa é a intenção do projeto de inclusão social da Secretaria de Educação de Massaranduba para comemorar a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. Desde o dia 21 até quinta-feira, foram distribuídas 1.100 cartilhas sobre inclusão social para os estudantes da rede municipal. O material foi feito pelos alunos que possuem algum colega com deficiência.
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– Desde abril, trabalhamos a inclusão social. Pois, com a lei em que alunos com deficiência intelectual e múltipla devem frequentar a escola regular, precisamos debater o assunto e estarmos preparados para recebe-los – explica a coordenadora da educação especial, Ariane Berri Riegel
Segundo a coordenadora, existem 13 alunos com necessidades especiais com atendimento do segundo professor, fora os que não precisam do acompanhamento destes profissionais. Nestas salas, os estudantes listaram o que era necessário fazer para fazer com que o amigo se sinta parte da turma.
– Frisamos que dificuldades todos têm, por isso buscamos trabalhar a inclusão no cotidiano. Para os alunos, é algo comum cuidar do colega, não tirar sarro, se policiar para não afetar aquele amigo – explica psicóloga, Gláucia Regina Sevegnan.
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Em Massaranduba, é a primeira vez que a Secretaria de Educação promove a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. Conforme Gláucia, é essencial falar sobre o assunto para não se criar tabus e desmistificar o tema.
– A cartilha é uma forma de levarmos o tema para os alunos que têm colegas com deficiências e para aqueles que não têm contato. Queremos que os alunos aprendam que aquele colega com deficiência intelectual, por exemplo, não é burro, mas tem uma dificuldade cognitiva – afirma Ariane.
A Secretaria de Educação promove encontros mensais com os segundos professores, que acompanham o desenvolvimento dos alunos. Também foram comprados 48 livros sobre educação especial para estimular os profissionais da educação e distribuídos livros em braille a todas as escolas municipais.
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– Nossa intenção é evoluirmos na inclusão de tempos em tempos. É um projeto a longo prazo – enfatiza Ariane.