É na sala de aula que o futuro das crianças começa a ser construído. A educação básica é um dos principais pilares para a vida social e profissional dos futuros cidadãos. É por isso que o tema foi um dos mais votados como prioridades para a próxima gestão municipal, na enquete feita pelo NSC Total, no projeto SC Ainda Melhor.

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Sete entidades de Chapecó foram ouvidas e elencaram prioridades para a cidade, no âmbito da educação:

  • Ampliar o número de vagas em creche;
  • Focar no desenvolvimento do pensamento crítico, na formação tecnológica e na educação emocional e financeira desde as séries iniciais;
  • Atuar de maneira estratégica para ampliar o desempenho nos conteúdos básicos como matemática e português;
  • Criar programas de inclusão e integração na escola para filhos de imigrantes;
  • Criar indicadores e monitorar o desempenho das escolas municipais, com programas de metas.

Foram ouvidas a Associação Comercial Industrial Chapecó (Acic), Câmara de Dirigentes Logistas (CDL), Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc); Observatório Social, Unochapecó; Universidade Federal da Fronteira Sul e Aurora Cooperativa (como representante do agronegócio).

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Valorização dos professores

Odilon Luiz Poli, doutor em educação, afirma que a valorização dos professores e profissionais da educação é o que mais influencia na qualidade do ensino. Para ele, é preciso investir em formação e conhecimento para os professores.

Em Chapecó, são 41 escolas municipais, 11 delas no interior do município. Ao todo, são 27.955 crianças e adolescentes matriculados. Além disso, são 43 centros de educação infantil, que atendem 12.494 crianças até 5 anos.

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Para estas mais de 40 mil crianças e adolescentes matriculados, é necessário que a educação seja de qualidade. É o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) que avalia, ano a ano, a qualidade do ensino básico. Conforme Odilon, ter consciência destes índices se torna fundamental para traçar estratégias de melhorias.

— É preciso pensar no planejamento em cima de dados concretos. Ainda temos muito que fazer em termos de qualificar o desempenho dos nossos estudantes, especialmente de elaboração de informação, ou seja, ele conseguir buscar e interpretar a informação, e utilizar essa informação para a produção de soluções e respostas — explica.

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Inclusão de alunos estrangeiros

Em Chapecó, a inclusão de alunos estrangeiros também é um desafio. Atualmente, são 3.291 imigrantes matriculados nas escolas municipais. Muitos deles enfrentam dificuldades, especialmente na adaptação com uma nova língua.

— É crucial preparar a escola para acolhê-los, no sentido de oferecer a eles reforço no aprendizado da língua. E é preciso ajudar os professores a entender e acolher essas pessoas — afirma Odilon.

Quem convive diariamente com essa realidade é Dimara Palácios, auxiliar de produção, e os filhos dela. Eles são venezuelanos e moram no Brasil há seis anos. Em Chapecó, estão há cinco meses. Dois filhos dela, Javier, de 10 anos, e Dimas, de 12, estudam em uma escola municipal no bairro Santo Antônio.

Segundo Dimara, o mais novo conseguiu aprender o português com mais facilidade, mas Dimas deve mais dificuldades na adaptação com a nova língua, e por isso frequentava aulas de português que a própria escola oferecia, todas as tardes.

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*Com informações do repórter Felipe Giachini, da NSC TV.

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