O prefeito de Londres, Ken Livingstone, foi criticado pela suposta inclusão do velocista Linford Christie, suspenso por doping, entre as 80 pessoas que participarão do revezamento da tocha olímpica pela capital britânica, em abril. Christie, de 47 anos, pegou dois anos de suspensão internacional em 1999 por usar esteróides. Posteriormente, foi banido do esporte pelo comitê olímpico britânico.

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Emmanuelle Moreau, uma das porta-vozes do Comitê Olímpico Internacional (COI) e citada hoje pelo jornal “Evening Standard”, se mostrou “surpresa e decepcionada” pela decisão de Livingstone:

– O COI não foi consultado e, se tivesse sido, teríamos recomendado firmemente que um atleta que cumpre uma suspensão olímpica não fosse convidado – afirmou.

O presidente da Associação Olímpica Britânica, Colin Moynihan, esclareceu ter deixado bem claro que não deve ser permitida a presença de um atleta punido no revezamento da tocha. Hugh Robertson, político da oposição, pediu à Ministra Britânica de Assuntos Olímpicos, Tessa Jowell, que mude de idéia:

– É muito ruim o prefeito ter selecionado para o revezamento da tocha alguém cuja presença nos Jogos está proibida – disse Robertson.

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Christie conquistou uma medalha de ouro na prova dos 100 metros livres nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, e desde 2006 trabalha como instrutor de atletas que se preparam para a competição de 2012, que terá a capital britânica como sede. O atleta já estava praticamente banido quando um exame feito há nove anos deu positivo, mas sempre defendeu sua inocência.

Enquanto isso, as autoridades ainda não resolveram o caso do também britânico Dwain Chambers, de 29 anos, que terminou de cumprir uma suspensão de dois anos por uso de esteróides. A UK Athletics, que rege o esporte no Reino Unido, foi obrigado a incluí-lo na equipe disputará o Mundial indoor de Valencia, na Espanha, mesmo com o atleta proibido de defender a Grã-Bretanha nos próximos Jogos Olímpicos. Chambers foi membro da equipe do revezamento 4×100 metros que levou a prata no Mundial de 2003, em Paris. No ano anterior, ele foi pego pelo uso da substância tetrahidrogestrinona (THG).